Empresas britânicas querem metas de emissões mais rigorosas
emissões de co2
2006-06-07
Líderes de algumas das maiores companhias da Grã-Bretanha se reuniram para exigir do Governo metas mais rigorosas no controle das emissões de gases causadores do efeito estufa. As empresas acreditam que uma ação mais enérgica do Governo poderia encorajar a indústria a desenvolver novas tecnologias necessárias no combate às mudanças climáticas, assim como indicar um rumo para as nações em desenvolvimento.
Também estão atentas a países como Alemanha e Dinamarca, que vêm se preocupando com o mercado de tecnologias (inclusive de energia eólica) porque seus governantes têm dado incentivos para o crescimento do setor. A Confederação Britânica da Indústria havia expressado previamente preocupação com os negócios da Grã-Bretanha, porque poderiam estar em desvantagem em relação aos competidores estrangeiros por possuir metas maiores a serem cumpridas.
Mas a reunião realizada esta semana envolveu as maiores empresas, incluindo Shell, Vodafone, Tesco e Standard Chartered Bank – que estão em melhor posição para se adaptar às exigências das metas de emissões do que as pequenas companhias.
Um membro da delegação, o presidente da Shell no Reino Unido, James Smith, disse: “Eu acredito que as mudanças climáticas são um desafio que todos nós devemos enfrentar e que requer medidas significativas no desenvolvimento de tecnologias que façam a diferença”. “O negócio é que nós acreditamos que as soluções tecnológicas estão ao nosso alcance, no entanto, elas estão em vários estágios de desenvolvimento e o que nós precisamos fazer é juntar o comum para colocar essas soluções no lugar”, entende.
David Miliband, o secretário de Meio Ambiente, recebeu bem a contribuição da delegação: “Os líderes executivos estão dizendo que a Grã-Bretanha tem de fato uma das três melhores performances da Europa quando se fala em corte de emissões de gases causadores do efeito estufa. Isso significa que nós estamos em posição de oferecer liderança”. “Eles dizem que fortalecer as metas é bom para os negócios, não ruim”, acrescenta.
Miliband reconhece que o Reino Unido está atualmente “fora do rumo” em relação aos alvos do Governo de cortar as emissões de CO2 em 20% até o ano de 2010, em comparação com os níveis de 1990; mas disse que cumpriria o compromisso de Kyoto, de reduzir 10% as emissões de gases nesse período.
(Por Sabrina Domingos, Carbono Brasil, 06/06/2006)
http://www.carbonobrasil.com/noticias.asp?iNoticia=13258&iTipo=5&idioma=1