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2006-06-07
Depois de muita pressão para a aprovação na Câmara, com direito até a vigília na porta no ano passado, São Paulo tem, enfim, sua segunda área de proteção ambiental (APA) municipal, a Bororé-Colônia, no extremo sul da capital. A primeira reunião para organizar o conselho gestor, com participantes do Estado, da Prefeitura e da sociedade civil, vai ser dia 26. A criação da APA foi sancionada pelo prefeito Gilberto Kassab (PFL) em 24 de maio.

Com 90 quilômetros quadrados, ela já começa sua trajetória cheia de desafios: preservar as áreas de mata atlântica e mananciais importantes para o abastecimento, como a Represa Billings, e desenvolver um plano de desenvolvimento sustentável, que segure a ocupação desordenada. O trecho sul do Rodoanel, por exemplo, vai cortar a APA de fora a fora.

"Mas conseguimos como compensação a criação de três unidades de conservação ao longo do Rodoanel e uma estrada-parque fazendo a ligação entre elas. No total serão, 15 milhões de m2 de vegetação. O mesmo que todos os 32 parques da cidade juntos", disse o secretário municipal do Verde e Meio Ambiente, Eduardo Jorge. Segundo ele, isso vai evitar que ocorra uma explosão urbana na APA.

Cerca de 45 mil pessoas já moram dentro da Bororé-Colônia, que ocupa cinco bairros - Varginha, Chácara Santo Amaro, Bororé, Itaim e Colônia Paulista -, nas Subprefeituras de Capela do Socorro e Parelheiros. Ninguém vai ser desalojado. O modelo da APA permite essa convivência e até a expansão. Mas tem regras próprias. "O zoneamento ecológico-econômico possibilita uma fiscalização mais rigorosa. Haverá uma base ambiental da Guarda Civil Metropolitana dentro da APA, assim como uma da Polícia Militar Ambiental." Essa última também é uma compensação pela obra do Rodoanel.

Pela lei, estão proibidas indústrias poluidoras, despejo de efluentes não tratados, caça, pesca predatória e atividades indutoras da ocupação urbana, como fábricas de blocos. Dependem de licenciamento ambiental parcelamentos do solo, condomínios, movimento de terra e supressão de áreas verdes. A mata atlântica é, na maioria, secundária, mas está em avançado estado de regeneração, segundo o pesquisador da secretaria Ricardo Tameirão Pinto Júnior. "A região foi devastada na época da ferrovia e está se recuperando", afirma.

A parte mais ao sul, na Colônia Paulista, é a mais preservada, com 47% da área coberta pela vegetação. A pior é a de Varginha, com 21%.

Mas há mais atrativos além da mata, como a igrejinha de São Sebastião, de 1904, o primeiro cemitério protestante do País, de 1840. Foi feito para os imigrantes alemães que se instalaram na região em 1829 e uma casa de taipa de pilão do século 19 no Sítio do Periquito.

A Associação de Turismo da Ilha do Bororé (Atiboré) já acordou para as atrações. "A defesa da natureza é fundamental para o turismo sustentável. A criação da APA é importante e estaremos no conselho gestor para fiscalizar tudo", diz o presidente, Sérgio Milani.

Há um roteiro já em operação. A pessoa embarca num ônibus na Avenida Teotônio Vilela para passeio de dia inteiro, com café e almoço caseiros e passeio por trilhas, sítios, ninhal de garças e escuna, para visitar a aldeia Krukutu, na vizinha APA Capivari-Monos. Tudo por R$ 90,00 (informações pelo telefone 0xx11-5974-2596).
(Por Marisa Folgato, O Estado de São Paulo, 06/06/2006)
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