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2006-06-06
A ONU divulgou recentemente, em seu relatório anual, projeções sobre o futuro da água. A previsão é que, em menos de 50 anos, mais de 45% da população mundial não terá acesso mínimo ao recurso. Apesar de termos a impressão de que a água está desaparecendo, sua quantidade no planeta não se alterna há centenas de milhões de anos. No entanto, o que muda é sua distribuição e seu estado – dados atuais revelam que cerca de um bilhão de pessoas já não são abastecidas por água.

Em face das elevadas quantidades consumidas e também por causa da alteração da sua qualidade, começaram a ser adotadas novas tecnologias industriais para a reutilização e a reciclagem da água. Além disso, devido a fatores como consumo excessivo e poluição ou contaminação, que reduzem o volume aproveitável em todo o mundo, estão sendo elaborados programas de gerenciamento da água em vários países, inclusive no Brasil, mas ainda de forma incipiente.

O Brasil detém 11,6% da água doce superficial do mundo, sendo privilegiado em termos de disponibilidade hídrica global. Esse número deve ser encarado com reserva, pois a distribuição aqui também é muito irregular. A Amazônia – com 70% da água disponível para uso no País – é a região mais rica em água potável superficial de todo o planeta e está muito distante dos grandes centros urbanos nacionais. Para ter uma idéia, a Sabesp adotou, recentemente, um plano de captação de água em locais afastados da capital paulista, o que aumenta o custo da viabilização do recurso para a população. Os 30% restantes distribuem-se desigualmente pelo território nacional para atender 93% da população.

Ainda de acordo com o relatório anual da ONU, a agricultura é a maior ameaça às reservas de água doce do planeta. O documento afirma que cerca de 2/3 da água doce proveniente de aqüíferos e outros rios são consumidos por fazendas, que aumentam o uso da água nas plantações à medida que a população mundial aumenta. No Brasil, o uso da água na agricultura representa 61% do total, contra 8% do uso residencial.

Alguns setores industriais afetam a qualidade da água que, se for restituída aos meios naturais sem tratamento prévio, além de não poder ser reutilizada, torna-se altamente nociva ao ambiente. Freqüentemente, inúmeras soluções surgem para gerir sua utilização e integrar-se na política de desenvolvimento econômico-social do País. Todas, no entanto, precisam da adesão da comunidade e da conscientização de todos, tanto no âmbito político e técnico quanto no social. E é nesse sentido que se torna imprescindível uma atuação mais eficaz dos nossos governantes nesse setor.
* Vlamir Paes é presidente da EcoAqua ( Gazeta Mercantil , 06/06/2006)

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