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2006-06-06
O avanço da desertificação é uma dor de cabeça global. O problema afeta uma em cada cinco pessoas e um em cada três hectares de terra no mundo. Entre 6 e 7 milhões de hectares de solo se perdem todo ano pela erosão e mais de 20 milhões de hectares são destruídos pela salinização. E pior, a perda de terras com vegetação e áreas cultiváveis está acontecendo duas vezes mais rápido do que nos anos 70, segundo a Convenção das Nações Unidas para o Combate à Desertificação (UNCCD, da sigla em inglês), em vigor desde 1996.

As regiões mais atingidas do planeta estão em grande parte da Europa e da Ásia, Canadá, oeste, norte e sul da África e leste da Austrália. Práticas agrícolas inadequadas, desmatamento, aumento das temperaturas globais e até mesmo excesso de irrigação podem ser as causas, dizem especialistas. Na China, existe um deserto com o tamanho de Portugal. Um terço da Espanha está em processo de desertificação.

De acordo com a UNCCD, a cada ano a desertificação e a seca causam perdas da ordem de US$ 42 bilhões na agricultura. Conforme estudos do Ministério do Meio Ambiente, as perdas podem chegar a US$ 800 milhões por ano no Brasil.

A América Latina e o Caribe, onde está a maior extensão de terras cultiváveis do mundo, não estão livres do problema. Quase 3 em cada 4 hectares das regiões secas já estão moderada ou gravemente desertificados. A ONU afirma que países como Brasil, México e Argentina têm regiões de risco cada vez maiores.

Tudo isso levou a UNCCD a declarar 2006 como Ano Internacional da Desertificação. A formalidade pretende mostrar que o avanço dos desertos é um desafio global, assim como as mudanças climáticas e as perdas de espécies animais e vegetais. Nessa tarefa, o Brasil deve ter um papel fundamental. Pelo menos é o que espera a ONU.

Em março, em Curitiba (PR), durante encontro de países-membro da Convenção sobre Diversidade Biológica, o secretário-executivo Ahmed Djoghlaf pediu à ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, para que o Brasil negocie com outros países a implementação urgente de medidas contra a desertificação. Como o Brasil assumiu a coordenação dos trabalhos da Convenção até 2008, também deverá trabalhar politicamente para unir os esforços das convenções da Biodiversidade, Desertificação e do Clima das Nações Unidas.

Apesar da imagem de ambientes totalmente áridos e sem vida, já foram catalogadas cerca de 6 mil plantas em regiões desérticas em todo mundo. Essa vegetação tem grande habilidade para reservar água e sobreviver às altas temperaturas.

Na brasileira caatinga (mata clara e aberta, em tupi-guarani), já foram registradas 932 plantas, 516 aves, 143 mamíferos, 185 peixes e 154 répteis e anfíbios.

"O avanço da desertificação no Brasil tem essa diferença. Prejudica uma região extremamente rica em biodiversidade e o semi-árido mais populoso do planeta", diz João Bosco Senra, que também é representante do Brasil na UNCCD.
(O Estado de São Paulo, 05/06/2006)
http://www.estado.com.br/editorias/2006/06/05/ger-1.93.7.20060605.20.1.xml

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