O governo chinês lançou hoje (05/06) o livro branco sobre a Proteção Ambiental 1996-2005. A publicação integra o leque de ações voltadas ao Dia Mundial da Proteção do Meio Ambiente e aponta que a China, apesar de aliviar a tendência de agravamento dos níveis de poluição e danos ambientais, ainda enfrenta uma série de graves problemas na área.

É o segundo livro branco lançado pelo Gabinete de Imprensa do Conselho de Estado da China nos últimos dez anos. O documento, com mais de 16 mil caracteres chineses, possui 12 capítulos e aborda o combate à poluição industrial e as cooperações internacionais na área de proteção ambiental. O Gabinete ainda ofereceu, nesta Capital, uma entrevista coletiva à imprensa, na qual o vice-diretor da Administração Estatal de Proteção Ambiental, Zhu Guangyao, falou sobre a publicação.

Os problemas ambientais vêm acompanhando o rápido e o ininterrupto desenvolvimento da economia chinesa nos últimos vinte e cinco anos, agravando a escassez de recursos e os danos ecológicos. Nos últimos dez anos, o governo chinês definiu a proteção ambiental como uma das prioridades nacionais e o desenvolvimento sustentável como uma de suas grandes estratégias. Para tanto, adotou uma série de medidas para a proteção ambiental. Zhu disse que nos últimos dez anos, a China aplicou muito mais neste setor do que o valor acumulado em qualquer outro período. Ele disse:

"Aumentamos anualmente os investimentos na proteção ambiental, priorizando o combate à poluição. O valor ultrapassou 230 bilhões de yuans em 2005, ocupando 1,31% do PIB nacional. Esta não é uma fácil tarefa para um país em desenvolvimento". Ele salientou que a China conseguiu aliviar as pressões provocadas pela poluição e danos ambientais nesta última década.

Além disso, a China ainda aderiu a mais de 50 convenções internacionais referentes à proteção ambiental, tais como a "Convenção Estrutural da ONU sobre Mudanças Climáticas" e o "Protocolo de Kyoto" e tem observado os deveres estipulados por tais documentos de forma positiva. O livro branco assinala, contudo, que a China se encontra num acelerado processo de industrialização e urbanização, aumentando as contradições entre o rápido crescimento econômico e a proteção ambiental. A situação ambiental, na avaliação do órgão, continua muito séria. Zhu disse:

"Devemos estar conscientes que a situação ambiental no país continua muito séria, pois em algumas zonas do país, a poluição ambiental e a piora do meio ambiente são graves. Em muitas localidades, os velhos problemas ainda não estão resolvidos e os novos têm surgido". O livro branco ainda diz que até 2010, o governo melhorará a qualidade do meio ambiente nas principais cidades e zonas do País. A China espera que o consumo energético por unidade do PIB caía em cerca de 20% frente a 2005.

O livro branco assinala que como grande país em desenvolvimento, a China assumirá sua responsabilidade em prol da proteção ambiental, pois isto corresponde à meta do desenvolvimento chinês e exigido pelos interesses dos 1,3 bilhão de chineses. O governo e a sociedade chinesa contribuirão com a proteção da Terra, juntamente com outros governos e povos do mundo.
(CRI, 05/06/2006)
http://po.chinabroadcast.cn/1/2006/06/05/1@44357.htm