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2006-06-05
Os efeito da poluição e do ozônio podem ser responsáveis pelo aquecimento excessivo do Ártico, acreditam cientistas que estão começando a estudar as ligações entre a poluição industrial e o aquecimento na região polar. Enquanto os gases do efeito estufa têm um papel muito importante no aumento da temperatura no Ártico, somente a sua influência não explica por que a área está se aquecendo de três a cinco vezes mais rápido do que a média global, disse o cientista que estuda as mudanças climáticas nos pólos, Dan lubin.

Esta disparidade tem intrigado climatologistas e tem sido aproveitada por cépticos, que freqüentemente argumentam que os modelos climáticos atuais não reproduzem corretamente o aquecimento visto no Ártico, sendo assim, ferramentas suspeitas para prever o aquecimento global futuro. Mas ao discursar ontem em uma palestra organizada pela Sociedade Americana de Meteorologia, Lubin alegou que os modelos climáticos atuais são uma “ciência madura” que podem obter tendências aproximadas do que é observado no Ártico.

Uma das principais razões é que os cientistas estão começando a entender a influência da poluição industrial, proveniente principalmente de latitudes elevadas, como a Europa e a Ásia, sobre o crescente degelo do Ártico, disse ele. Os padrões de circulação do ar tendem a prender sulfatos, nitratos e outros aerossóis sobre o Ártico durante o inverno, este fenômeno é conhecido como “Bruma do Ártico”(Artic Haze) e foi descoberto em 1950.

Lubin e seus colegas do ‘Scripps Institution of Oceanography’ in La Jolla, Califórnia (EUA), publicaram recentemente um trabalho na revista Nature que descobriu que estas partículas de aerossol alteram as propriedades das nuvens do Ártico, fazendo com elas se formem com gotas de água menores. O resultado deste efeito: as nuvens aprisionam mais energia perto da superfície da Terra, disse Lubin.

As suas análises, com seis anos de informações atmosféricas coletadas por instrumentos do Departamento de Energia no norte do Alasca, demonstram que a influencia dos aerossóis sobre o aquecimento do Ártico é quase proporcional ao causado pelas emissões de dióxido de carbono industrial. Ele disse que o custo da obtenção precisa das informações climáticas das regiões polares dificultou a compreensão do clima do Ártico, uma situação que está começando a mudar.

Ozônio levado em direção ao Ártico
Estas informações também indicam que outro poluente industrial, o ozônio, pode ser equivalente a até 40% do aquecimento da região polar, disse o pesquisador do Goddard Institute for Space Studies da NASA, Drew Shindell. Há tempo os cientistas têm considerado que o ozônio (produzido por fontes naturais e por processos humanos, incluindo florestas, queima de combustíveis fósseis, indústrias, cultivo de arroz e outros) contribui muito pouco para as mudanças climáticas, principalmente por que o gás é facilmente desfeito pela luz solar.

Mas segundo uma análise recente feita por Shindell e seus colegas da NASA, os padrões da circulação do ar na Terra tendem a levar o ozônio produzido por fontes em altas latitudes (principalmente Europa e Ásia) em direção ao Ártico. Nos meses de inverno, quando a intensidade da luz solar é menor, o gás se infiltra nas partes mais baixas da atmosfera, absorvendo a radiação refletida e aquecendo o ar, uma hipótese que tem sido testada por cientistas com sucesso.

“A poluição tem um efeito profundo no Ártico”, disse Shindell, adicionando que o seu trabalho e alguns outros poderiam ter grandes implicações nas políticas públicas. “O controle da poluição, com metas, poderia ter um efeito positivo e rápido (no Ártico), pois o ozônio tem vida curta”. Da mesma maneira, Lubin disse que uma mensagem similar poderia ser retirada deste estudo com os aerossóis. “O remédio mais obvio é que a Europa reduza as suas emissões”, disse ele. “Talvez em algumas décadas, poderia surtir efeito (reduzindo o aquecimento nas latitudes altas).”
(Por Fernanda B Müller, Carbono Brasil, 02/06/2006)
http://www.carbonobrasil.com/noticias.asp?iNoticia=13222&iTipo=5&idioma=1

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