Uma empresa do setor fumageiro pretende implantar um sistema de produção integrado entre os fumicultores do Vale do Rio Pardo para a extração de biodiesel a partir da mamona. A Comercial de Tabacos Santa Cruz Brasil desde o ano passado mantém sete lavouras experimentais com a oleaginosa.
Instalada há dois anos em Santa Cruz, a empresa estuda a adaptação da planta ao clima e solo dos municípios do Vale do Rio Pardo para definir se investe na instalação de uma usina para extração de biodiesel. Segundo o representante do Projeto Biodiesel, Vilmar Tavares, a previsão é de uma aplicação de R$ 1 milhão.
Projeto semelhante é desenvolvido pela Comercial de Tabacos em Cerro Grande do Sul, onde foi instalada uma unidade de processamento da mamona em parceria com uma cooperativa de produtores. Segundo Vilmar, isso poderá gerar 50 empregos na região Sul do Estado.
No Vale do Rio Pardo, o objetivo é implantar mil hectares com mamona, que poderia ser cultivada por meio de um sistema de produção integrada, como o desenvolvido pela maioria das fumageiras para a produção de milho. A plantação, segundo o técnico da Emater, Vicente Puntel, pode ser desenvolvida na resteva do fumo e representar uma alternativa de ganhos extras para as famílias. Um hectare de mamona tem custo de produção estimado em R$ 400,00 e pode representar uma renda bruta de R$ 1,6 mil.
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Correio do Povo, 05/06/06)