Foram seis anos de negociações e brigas judiciais com organizações
ambientais, mas desta vez a Usina Hidrelétrica de Salto Pilão vai sair
do papel.
Quinta-feira (01/06), os investidores se reuniram em Ibirama - uma das sedes do
empreendimento, junto com Apiúna e Lontras - e decidiram começar a
construção no dia 1º de julho, ao custo de R$ 500 milhões. A
expectativa é que a obra sobre o Rio Itajaí-Açu acabe em 42 meses.
O consórcio conta com as empresas Votorantim, Camargo Corrêa, Alcoa,
DME Energética e CPFL Geração de Energia. As empresas esperam um
retorno financeiro de R$ 2,15 milhões por ano. A energia elétrica
gerada será de 181 MegaWatts (MW) - o suficiente para abastecer uma
área como a região metropolitana de Florianópolis.
Não há vínculo com a Celesc, mas o chefe da agência regional de
Blumenau, Régis Evaloir da Silva, assumiu que poderá comprar energia
de Salto Pilão, já que a estatal produz apenas 3% do que distribui. O
prefeito de Ibirama e presidente do Consórcio Intermunicipal de Salto
Pilão, Ayres Marchetti, admite que haverá impacto ambiental, mas
destaca que a obra é necessária para que a região cresça.
- Atrairá novos negócios e vai gerar emprego e renda.
Para o prefeito, o trabalho de convencimento da população sobre os
benefícios econômicos e sociais da usina também foram fundamentais
para que o início das obras pudessem ocorrer no mês que vem. O projeto
de construção tem a aprovação da Fundação do Meio Ambiente (Fatma) e
da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).
(Letícia da Silva,
Diário Catarinense , 02/06/2006)