China entra na corrida da fusão nuclear com reator próprio
2006-06-02
A China não quer perder tempo na corrida pela fusão nuclear e pretende terminar a construção de um reator experimental no fim deste ano, o que poderia permitir a seus cientistas controlar a nova fonte de energia antes de seus concorrentes, afirma hoje (02/06) o jornal "China Daily". As novas instalações serão muito menores que o ITER, desenvolvido na França por uma equipe internacional, com a União Européia e a própria China. As autoridades esperam que os físicos possam começar a trabalhar no reator chinês antes que o gigantesco projeto multinacional esteja pronto.
O projeto chinês, batizado de EAST (sigla em inglês de Supercondutor Experimental Avançado Tokamak), será construído em Hefei, capital da província de Anhui. "Nos próximos 10 anos, enquanto o ITER está sendo construído, poderemos iniciar uma pesquisa preliminar com o EAST para facilitar a operação e a exploração do ITER no futuro", anunciou o ministro de Ciência e Tecnologia, Xu Guanhua.
A China participa de 12 dos projetos do ITER (sigla em inglês de Reator Experimental Termonuclear Internacional). "Nossos cientistas e nossa capacidade industrial vão evoluir com a participação nestes projetos, sobretudo porque são completamente novos no mundo", disse Xu. A China, como o resto dos participantes do projeto ITER, terá acesso aos direitos de propriedade intelectual da tecnologia de fusão nuclear que for desenvolvida. Para muitos, esta é a chave para resolver os desafios energéticos do mundo.
(EFE, 02/06/2006)
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