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2006-06-02
A prefeita de Lajeado, Carmen Regina Cardoso, abriu, na manhã de ontem, no salão de eventos da prefeitura, a Semana do Meio Ambiente do município. Ela destacou a importância do "trabalho de formiguinhas", em que cada um pode ajudar um pouco na conscientização sobre a preservação. "A natureza está a serviço do homem, mas devemos preservá-la, pois se não fizermos isso o mundo será destruído." No primeiro dia da programação, que se estende até a próxima segunda-feira - data que marca o Dia Mundial do Meio Ambiente -, o principal atrativo foi o Seminário Ambiental de Lajeado, com palestras e relatos de experiências relacionados ao tema "A vida no limite".

O primeiro palestrante foi o professor do curso de Engenharia Sanitária e Ambiental da Univates Odorico Konrad, que falou sobre meio ambiente saudável para uma platéia de estudantes do Ensino Médio e profissionais da área. O professor iniciou sua explanação citando alguns dos graves problemas que prejudicam o meio ambiente e, conseqüentemente, a qualidade de vida da população. Entre eles está a falta de tratamento adequado para efluentes domésticos e industriais. Conforme Konrad, além do aquecimento global, o meio ambiente sofre com o fato de que cerca de 2,4 bilhões de pessoas no mundo ainda despejam seus esgotos a céu aberto, no solo ou em corpos d’água.

"Sabemos que projetos para o tratamento dos efluentes são caríssimos, mas as administrações públicas e a população devem trabalhar juntas em busca de uma solução." Este, na opinião de Konrad, é um dos principais problemas também nos municípios dos vales do Taquari e Rio Pardo. "A situação é mais grave com os efluentes domésticos, pois as indústrias já estão se adequando, mas ainda vai levar anos para se alcançar o ideal", lamentou.

O professor citou também questões relacionadas ao abuso de agrotóxicos nas atividades agrícolas, desmatamento do leito de rios, queimada de matas, o aumento do número de lixões, entre outras. "Um meio ambiente saudável não é possível com tanta poluição. Falta equilíbrio. Nossa região ainda tem muitos problemas, mas ainda está melhor em comparação a outras localidades", avisa.

O professor esclareceu que medidas simples podem tornar o ambiente mais saudável. A população deve optar por carros pequenos, que emitem menos gases poluentes; andar mais de bicicleta e de ônibus; abusar dos esportes e de atividades de lazer; e até deixar de comprar bergamota já sem casca nos supermercados. "Fiquei chocado quando deparei com as embalagens. Só que ninguém se preocupa com qual vai ser o destino delas", ressaltou. Já o Poder Público deve incrementar as campanhas de reciclagem e coleta seletiva de lixo, optar por banheiros ecológicos, arborizar áreas dos cemitérios, entre outras ações. A preocupação com o lixo, reforça o palestrante, é um dos pontos positivos na região.

Relato de experiências

A secretária de Meio Ambiente, Simone Schneider, afirmou que Lajeado se destaca pelos investimentos que vem realizando na área. A própria criação da pasta é citada como inovadora. A titular lembra ainda ações de controle dos resíduos sólidos, com investimento de mais de R$ 2 milhões. "Este trabalho é considerado modelo pela Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam) e para outros municípios", reforçou. Ela enumerou ainda o trabalho de educação ambiental, por meio de oficinas e palestras, e o próprio Jardim Botânico, que conta com espécies já em extinção no Brasil, como o gato mourisco e o gato-do-mato-pequeno.

O presidente do Conselho Estadual de Meio Ambiente (Consema) e assessor técnico ambiental da Federação das Associações dos Municípios do RS (Famurs), Valtemir Bruno Goldmeier (foto), abordou com ênfase o licenciamento ambiental e destacou a importância do planejamento. "Existem vários planos, como o diretor, o ambiental, de resíduos, de arborização urbana, de mineração e de desenvolvimento estratégico." Segundo ele, "em 15 dos próximos 20 anos haverá seca". Goldmeier alertou que o planeta está chegando no limite dos seus recursos naturais e destacou a qualidade da fiscalização da Sema de Lajeado. "Em 2005 foram emitidas 300 licenças em Lajeado e para tanto foram efetuadas mais de três mil vistorias. Isso é muito importante para ver se realmente está sendo cumprido o que se ficou comprometido a fazer".

O biólogo da Secretaria de Meio Ambiente de Venâncio Aires, Wilson Júnior Weschenfelder, abordou a orientação técnica de sua secretaria, o sistema de operação, licenciamento ambiental, destinação dos resíduos sólidos, impactos, entre outros itens. O acadêmico Adilson Schneider falou sobre experiências adquiridas no projeto Inventário Fotográfico dos Vertebrados Terrestres, desenvolvido com a bióloga Maria Júlia Feldens.

O primeiro dia do seminário contou ainda com a palestra da mestra em Geografia com ênfase em Análise Ambiental e bióloga Elisete Maria Freitas, que falou sobre as várias espécies de orquídeas que existem no Vale do Taquari, na palestra A Diversidade da Família Orquidaceae no Vale do Taquari, com Elisete.

Hoje

O Seminário Ambiental de Lajeado continua hoje, a partir das 8h, no salão de eventos da prefeitura. A primeira palestra será Águas Subterrâneas, com o professor da Univates Henrique Carlos Ferstenseifer. Às 10h15min, o diretor do Departamento de Meio Ambiente de Carazinho, biólogo Claudir Cardozo, apresenta o projeto Salvando Nossas Sangas.

À tarde, o projeto Conservação do Gênero Parodia no Rio Grande do Sul será divulgado pelo diretor do Jardim Botânico de Caxias do Sul, Ronaldo Wasum. A programação se encerra às 15h45min, com o relato de experiências sobre o Centro de Educação Ambiental a cargo da Secretaria de Meio Ambiente local.
(Simone Wachholz, O Informativo do Vale, 02/02/2006)

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