Os pescadores artesanais que atuam no estuário da Lagoa dos Patos, desde Arambaré até a Barra de Rio Grande, estão sem poder pescar as principais espécies que ocorrem na laguna, que são camarão, corvina, tainha e bagre. O período de defeso, que visa a propiciar a reprodução dessas espécies, começou ontem e se estenderá até 30 de setembro.
Os fiscais do escritório regional do Ibama, com sede em Rio Grande, estão em greve, acompanhando o movimento nacional da categoria. Mas, segundo a chefe do escritório, Maria Odete Pereira, as chefias não estão em greve, nem os fiscais da agência de Pelotas, e farão parte da fiscalização. Em Pelotas, há apenas três fiscais e dois analistas ambientais, porém Maria Odete disse que, se preciso, será feita parceria com órgãos afins, como Polícia Federal, Pelotão Ambiental da Brigada Militar, entre outros, e poderá ser pedido apoio do Ministério Público.
Para a sobrevivência dos pescadores artesanais nestes quatro meses, o governo federal oferece o seguro-desemprego pesca, que são quatro parcelas mensais de R$ 350,00 cada. O encaminhamento dos pedidos do benefício, em Rio Grande teve início segunda-feira e poderá ser feito até o fim do defeso.
(Correio do Povo, 02/06/2006)