Revista carioca fará campanha de esclarecimento quanto ao descarte de lâmpadas fluorescentes
2006-06-02
Mais duráveis e econômicas do que as tradicionais, as lâmpadas fluorescentes caíram em cheio no gosto dos brasileiros, sobretudo a partir da imposta redução no consumo de energia em 2001, por conta da crise energética que assolou o país.
O que muita gente ainda não sabe é que as lâmpadas fluorescentes apresentam sérios riscos ao meio ambiente, especialmente em função do mercúrio, um metal altamente tóxico, que pode contaminar o solo, os animais e a água. Isoladamente, o risco oferecido por uma lâmpada é quase nulo, mas levando em consideração as 80 milhões de lâmpadas comercializadas no Brasil, o problema se agrava.
Nessa questão em que se opõem, mais uma vez, hábitos de consumo e qualidade ambiental, são escassos os veículos da imprensa que procuram conscientizar a população quanto à necessidade de um descarte rigorosamente correto das lâmpadas fluorescentes.
A boa notícia é que será justamente esse o tema a abrir a série de cadernos com foco ambiental produzidos pela revista Agito Rio, que circula no Rio de Janeiro, com periodicidade mensal e hoje na décima-quarta edição. “Com a pouca quantidade de mídias brasileiras que têm em suas pautas temas ligados ao meio ambiente, se torna cada vez mais difícil a difusão de idéias que chamem a atenção das pessoas para as causas ambientais”, justifica Roberto Nóbrega, diretor da publicação.
O caderno especial vai mostrar como as lâmpadas fluorescentes podem e devem ser recicladas, não se tornando, assim, potenciais inimigas do meio ambiente.
Nóbrega antecipa que, a partir de julho, a publicação iniciará, desta vez em todo o estado do Rio de Janeiro, uma campanha denominada "Agito Rio - Recicla!" para incentivar a implantação de políticas ambientais em esferas estadual e municipal nas cidades fluminenses. “O objetivo é que sejam devidamente recolhidas para posterior reciclagem as lâmpadas fluorescentes existentes, e que são indevidamente jogadas em aterros ou quebradas expelindo materiais tóxicos para a natureza”, diz. Outros Estados do país já têm legislações específicas sobre o tema (confira resumos no final da matéria).
A campanha já conta com o apoio de outros veículos de comunicação, entre os quais AmbienteBrasil, e do Colégio e Faculdade Pinheiro Guimarães.
Saiba mais sobre os efeitos do mercurio
http://www.ambientebrasil.com.br/composer.php3?base=residuos/index.php3&conteudo=./residuos/pilhas.html#mercurio
Por Mônica Pinto, AmbienteBrasil, 1/06/2006
http://www.ambientebrasil.com.br/noticias/index.php3?action=ler&id=24945