A Petrobras inaugurou quarta-feira (31) a Usina Termelétrica Governador Leonel Brizola, antiga TermoRio, a maior da América Latina, localizada em Duque de Caxias. A estatal investiu US$ 715 milhões no empreendimento, com capacidade instalada de 1.036 MW de energia, suficientes para abastecer uma cidade com 4,5 milhões de pessoas ou atender a 22% do consumo do estado. A usina vai consumir 5,5 milhões de metros cúbicos de gás natural por dia, produzidos na Bacia de Campos.

O presidente da Petrobras, José Sergio Gabrielli, disse que o empreendimento tem simbolismo especial neste momento em que a Petrobras enfrenta problema com os parceiros bolivianos. A usina é uma homenagem ao falecido ex-governador Leonel Brizola.

- Um nome que lembra a importância do estado e da gestão pública em empreendimentos estratégicos, fundamentais para a expansão da economia nacional - elogiou Gabrielli.

A Termelétrica Leonel Brizola foi planejada no âmbito do Programa Prioritário de Termeletricidade, que previa investimentos majoritariamente privados. Mas os sócios deixaram de realizar aportes de capital necessários à conclusão da usina em 2002 e a Petrobras assumiu o projeto no ano seguinte. A inauguração contou com a presença da governadora do Rio, Rosinha Garotinho, e do prefeito de Caxias, Washington Reis.

Ontem, a Petrobras Bolívia divulgou nota contestando as acusações do presidente da estatal petrolífera YPFB, Jorge Alvarado, de que a estatal brasileira estaria sabotando a Bolívia ao suspender as importações de diesel. A Petrobras justifica que interrompeu as importações porque o subsídio dado pelo governo boliviano para cobrir a diferença entre o preço internacional e o das bombas foi cortado.

O presidente da Bolívia, Evo Morales, disse que tem pressa nas negociações para aumento do preço do gás:

- Urgentemente, nesta semana, é preciso negociar e concluir a negociação para melhorar o preço para exportação do gás - disse. (Por Mariza Louven, de O Globo, 01/06/2006)
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