Conselho do Meio Ambiente discute reservas particulares
2006-06-01
O secretário estadual do Meio Ambiente, Cláudio Dilda, assinou, ontem (31/05),
na abertura do 1º Seminário sobre Reservas Particulares do Patrimônio Natural
(RPPN), realizado no Teatro Dante Barone da Assembléia, um requerimento que
levará o assunto para o Conselho Estadual do Meio Ambiente. A medida deverá
agilizar a discussão do tema, enquanto tramita na Assembléia Legislativa o
projeto de lei 255/06. Esta proposta, desenvolvida por um grupo de trabalho
formado na Comissão de Saúde e Meio Ambiente do Legislativo, prevê maiores
facilidades e barateamento dos custos para a instalação de reservas ambientais
privadas.
A procuradora do Ibama, Sonia Wiedmann, lembra que o Código Florestal de 1965
já previa a instituição de reservas particulares. As RPPN, porém, só foram
implementas por decreto em 1990. Segundo Sonia, ao longo daqueles anos, o Rio
Grande do Sul usou uma portaria para proteger as reservas particulares de fauna
e flora. “O Estado foi o primeiro a instituir a idéia de reservas particulares
no País”, recorda. Para Orci Teixeira Bretanha, da Pontifícia Universidade
Católica, as RPPN são poupanças de recursos naturais. “Temos o dever de
preservar a natureza para as outras gerações”, concluiu.
Segundo o representante da Fundação O Boticário de Proteção à Natureza de
Curitiba, Miguel Milano, as RPPN representam apenas 0,5% das áreas protegidas
brasileiras. Ao todo, são 656 reservas particulares reconhecidas no Brasil,
totalizando 519 mil hectares. Deste total, 24 estão no Rio Grande do Sul. Para
o presidente da Comissão de Meio Ambiente, deputado Pedro Westphalen (PP), a
aprovação do projeto e a regulamentação da matéria poderá multiplicar
geometricamente o número de RPPN no Estado.
Diário de Canoas, 01/06/2006.
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