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2006-06-01
A possível construção do autódromo em Passo Fundo continua gerando muita polêmica. De um lado os grupos ecológicos, que são contrários a sua construção no local pretendido e de outro a Associação Automobilística Pró-Autódromo, que deve decidir pelo início de estudos de impacto ambiental no local ou por estudos de viabilidade de uma nova área. A área pretendida está localizada ao lado do Parque da Efrica, num total de 30 hectares e abrange as duas principais nascentes que abastecem a população de Passo Fundo, estando há 700 m da barragem da Corsan.

Segundo os ecologistas, a construção do empreendimento, considerado de grande porte, ocasionaria problemas de impacto ambiental no futuro, como queda na qualidade e quantidade da água, que abastece a comunidade. A geógrafa e integrante do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Passo Fundo, Lucinda Gonçalves Pinheiro, explica que a área onde está prevista a construção é fundamental para pesquisa. “O local é próximo às nascentes de cotas mais altas, na cabeceira do rio Miranda. Esta construção irá atingir os dois rios que abastecem a população de Passo Fundo”, disse. Lucinda explica que os grupos são favoráveis a qualquer empreendimento na cidade, desde que ele seja feito em locais adequados. “Esta área é de relevante interesse ecológico e de importância no abastecimento público, mas queremos ressaltar que somos parceiros deste empreendimento, que consideramos fundamental para o município”, disse.

O coordenador do Grupo ecológico Sentinela dos Pampas, o geógrafo Paulo Fernando Cornélio, destaca que no local já há impactos consideráveis no meio ambiente. “O Aeroporto Lauro Kourtz estaria a 200 m do autódromo, o que seria considerada área de risco. Além disso, temos a Efrica, que na nossa opinião não deveria ter sido construída naquele local, além das lavouras e a própria barragem de captação da Corsan, que é um elemento de grande importância social, ambiental e econômica. A área é de fragilidade hidrológica grande, o que no futuro iria influenciar na quantidade e qualidade da água”, afirmou o ecologista. Paulo Fernando destaca também que se o empreendimento for construído, não haverá como impedir o processo de urbanização no entorno nas nascentes. “Atualmente não conseguimos nem impedir uma barragem que é cortada pela BR 285, o que cientificamente é um absurdo. Como vamos impedir outros problemas futuros depois que a construção for efetivada. Um exemplo deste tipo de situação é a barragem de Erechim, cortada por uma estrada secundária, que acabou por ocasionar a morte de 17 pessoas, não queremos que isto aconteça em nossa cidade”, disse.

Os grupos ecológicos Sentinela dos Pampas, Guardiões da Vida, juntamente com a Associação Brasileira da Construção e Defesa da Cidadania (Abrac), que abrangem cerca de 20 profissionais envolvidos na questão ambiental, afirmam estar dispostos a trabalhar em conjunto com a Associação Pró-autódromo e a administração municipal para que sejam feitos estudos de viabilidade de um novo local para fazer o empreendimento. “Acreditamos que o autódromo é de grande importância para Passo Fundo, para o desenvolvimento da cidade e ao mesmo tempo queremos sensibilizá-los e mostrar que cientificamente e tecnicamente o local não é adequado para um empreendimento como o autódromo”, concluiu Paulo Cornélio. “Somos parte do meio ambiente não somos donos dele. Atingindo o meio ambiente estaremos nos atingido diretamente.”
Diário da Manhã , 31/05/2006.

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