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2006-05-31
Americanos estão, cada vez mais, reconhecendo que os efeitos de emissões de carbono no aquecimento global são um sério problema, mas não há regras sérias nos EUA regulando gases estufa, comparadas àquelas que a maioria dos países desenvolvidos tem adotado sob o Protocolo de Kyoto. De qualquer forma, alguns negócios norte-americanos, contudo, estão respondendo por uma variedade de motivos: para satisfazer consumidores ou acionistas que se preocupam com o ambiente, para melhorar a imagem pública ou para diminuir os custos de energia. Em acréscimo, alguns estados e autoridades locais têm interferido para tentar frear suas contribuições no aquecimento global.

Os EUA são responsáveis por um quarto de todo o dióxido de carbono enviado à atmosfera cada ano. O país não ratificou o Protocolo de Kyoto, o tratado sobre mudança climática que entrou em efeito ano passado para mais de três dezenas de países na Europa e outros lugares, que estabelece metas e prazos para cortes nas emissões. “Este é um grande desafio para negócios americanos, particularmente aqueles tentando competir internacionalmente”, disse Adam Markham, um diretor-executivo do Clean Air-Cool Planet, um grupo de defesa ambiental em Portsmouth, Nova Hempshire. “A maior parte do resto do mundo em desenvolvimento tem um mandato legislativo para frear emissões, mas nos EUA, em muitos casos, não há motivos reais para companhias atuarem”.

Não surpreendentemente, os maiores passos têm sido alcançados por corporações com operações fora dos EUA. A IBM e a DuPont, por exemplo, há muito têm programas para conter o uso de energia. Ao fazer isso, elas foram capazes de cortas os custos de produção enquanto diminuíam suas emissões. Na DuPont, as economias de projetos energéticos totalizou U$2 bilhões na última década e meia. A IBM economizou U$115 milhões desde 1998 ao evitar 1.3 milhões de toneladas de emissões de carbono, ou o equivalente a tirar 51.600 carros da estrada, segundo o programa de mudança climática no Fundo Mundial da Vida Selvagem.

Outras companhias, como Wal-Mart, 3M, Advanced Micro Devices e a Gap, prometeram reduções voluntárias em suas emissões. A Johnson & Johnson decidiu no final da década de 90 aplicar os requerimentos de Kyoto globalmente. De 1990 até 2005, a companhia reduziu as emissões de carbono em 11,5 por cento. Enquanto isso, vendas cresceram 350 por cento. “Nós não sacrificamos o crescimento do negócio chegar às nossas emissões de carbono”, disse Dennis Canavan, o diretor executivo da companhia para gerenciamento mundial de energia. “Como Kyoto tem reconhecido, o ambiente somente vê a obsoleta quantidade de carbono que você reduz. Permitir que emissões cresçam nos levará a um mau lugar”.

Mas algumas áreas de negócios permanecem avessas à mudança. O setor de transporte e de utilidades é responsável por mais de 55 por cento de todas as emissões. Mesmo assim, a maior parte está relutante de se comprometer a reduções sem um mandato federal.
(Por Jad Mouawad, The New York Times, 30/05/2006).
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