A chuva constante que atinge o Estado desde o início desta semana beneficia o campo, mas provoca estragos na cidade. No Interior, as precipitações já permitem a recuperação das pastagens da região de Bagé e de Santana do Livramento.
Segundo o assistente técnico regional da Emater Bagé, Fábio Eduardo Schlick, são beneficiadas, principalmente, as novas plantações de azevém e trevo. "Daqui a 30 dias, conseguiremos atingir a normalidade", enfatizou. A única ressalva é com relação ao frio, que pode prejudicar a recuperação do pasto. Para Schlick, o ideal é que chovesse a cada dez dias para abastecer mananciais para o consumo humano.
Na Capital, houve alagamentos, queda de árvores, falta de luz e suspensão de aulas. Em 24 horas, choveu 65,1mm, sendo que a média do mês é de 94,6mm. No bairro Ipanema, 18 casas ficaram ilhadas na rua Doutor Pio Ângelo e, em Belém Velho, a água da chuva misturou-se com o esgoto e invadiu moradias na rua Stringhini. Em parte de Menino Deus, Tristeza, São João, Floresta e da avenida Osvaldo Aranha faltou energia elétrica. O trânsito também foi afetado pela chuva contínua que marcou a madrugada de ontem.
O tráfego na rua Castro Alves, entre Ramiro Barcelos e Felipe Camarão, precisou ser bloqueado para retirar uma árvore. Pela mesma razão, as aulas foram suspensas na Escola Municipal de Educação Infantil Tio Barnabé, no bairro Azenha. Uma árvore caiu sobre o telhado e causou alagamentos em vários ambientes, inclusive no berçário. Na esquina da Lucas de Oliveira com a Eudoro Berlink, na Auxiliadora, um caminhão derrubou parte de uma árvore e levou ao bloqueio de meia pista.
Correio do Povo, 31/05/06.