Centenas de metros cúbicos de madeira estocados atrás do posto de fiscalização do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama), às margens da BR-163, saída de Várzea Grande, começaram a queimar desde as 16h de ontem e a previsão do Corpo de Bombeiros era de que o incêndio durasse uns dois dias. O fogo começou de maneira proposital. A avaliação é do tenente bombeiro Marcelo Revélis, chefe da operação de combate ao fogo. Segundo ele, as toras estão dispostas muito próximas, o que faz com o fogo se alastre de maneira rápida. Cerca de 30 homens tentavam controlar as chamas para evitar que elas se alastrassem para a mata. Caso isso ocorra o incêndio poderá tomar proporções alarmantes.

A informação do Corpo de Bombeiros é a de que sete caminhões, sendo três do modelo hidroquímico, um autotanque, que só tem reservatório para água, e três usados para salvamento estavam engajados no serviço. Apesar da proporção do incêndio, não houve feridos.

Toda a madeira estocada no local é fruto de apreensões da Polícia Rodoviária Federal e do Ibama em fiscalizações de rotina. Geralmente são apreendidas sem as guias necessárias para o transporte. A PRF, do posto do Trevo do Lagarto, que fica ao lado do local do incêndio, informou que um homem foi visto deixando o pátio onde a madeira estava, mas não se pode confirmar que ele tenha começado o fogo. No local, segundo a PRF, estava um vigilante, já que os servidores federais do Ibama estão em greve desde o início do mês.

Mais de 200 mil litros de água já haviam sido gastos pelo Corpo de Bombeiros na tentativa de controlar as chamas. A água está sendo retirada de postos de combustíveis instalados nas imediações do local do fogo. Uma pá carregadeira também estava sendo usada na tentativa de separar as toras e evitar que o fogo continuasse a se alastrar. Apesar da fumaça intensa, segundo a PRF, não houve registro de acidentes e o trânsito estava fluindo de maneira tranquila. (Amazonia.org, 30/5)
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