O número de pessoas mortas no terremoto de 6,2 graus na escala Richter que
sacudiu o sul da ilha de Java no sábado (27/05) subiu ontem para 5.162. Além
disso, são 200 mil os desabrigados. Segundo equipes de resgate, 3.490 pessoas
morreram na área de Yogyakarta e outras 1.672 no vizinho distrito de Klaten. A cidade mais afetada é Bantul, distante cerca de 450 quilômetros ao sudeste da
capital da Indonésia.
Água potável e material sanitário são as principais necessidades nas áreas
devastadas pelo tremor. Várias organizações internacionais já se uniram aos
trabalhos de ajuda humanitária. Os hospitais continuam lotados, apesar do
aumento crescente do número de médicos e de pessoal auxiliar que chegam para
ajudar.
O fornecimento de água foi seriamente prejudicado e ontem (29/05) o líquido se tornou
escasso, mas várias organizações, entre elas a Cruz Vermelha Internacional,
começaram a montar sistemas de distribuição de emergência. Quase 70% dos
atingidos já receberam alta, porém mais de 1,5 mil pessoas com casos graves
continuam nos hospitais. Com a reabertura do aeroporto de Yogyakarta para os
aviões de missões humanitárias, a Organização das Nações Unidas (ONU) espera
que a fase de emergência dure pouco mais de uma semana.
O presidente da Indonésia, Susilo Bambang Yudhoyono, transferiu temporariamente
seu escritório a Yogyakarta para ver de perto as operações. A comunidade
internacional está contribuindo com o envio de ajuda financeira, material e
pessoal especializados, como fez após o tsunami de 26 de dezembro de 2004.
Pioneiro , 30/05/06