(29214)
(13458)
(12648)
(10503)
(9080)
(5981)
(5047)
(4348)
(4172)
(3326)
(3249)
(2790)
(2388)
(2365)
emissões de co2
2006-05-30
Enquanto outras empresas energéticas procuram alternativas para os combustíveis fósseis, grupo europeu defende o carvão mineral, através de técnica "limpa" de combustão. Nesta segunda-feira (29/05), o conglomerado de energia Vattenfall iniciou oficialmente a construção da primeira usina termelétrica experimental a carvão, sem emissão de dióxido de carbono. A chanceler federal alemã, Angela Merkel, em pessoa, inaugurará as obras no Estado de Brandemburgo.

Revivendo o carvão fóssil
Dentre os gases produzidos por combustão, o CO2 é o mais danoso ao clima terrestre e um dos principais responsáveis pelo efeito estufa. Um terço da emissão de CO2 é causada por usinas termelétricas movidas a combustíveis fósseis. Na Alemanha, trata-se sobretudo da linhita, um tipo de carvão fóssil de cor acastanhada e com alto teor de carbono. O principal consumidor desse combustível no país é a Vattenfall, que há alguns anos comprou as usinas do conglomerado VEAG no Leste alemão.

A firma pretende investir 50 milhões de euros no atual projeto-piloto, a entrar em funcionamento em 2008, gerando 30 megawatts/hora de eletricidade. Ele se situa próximo às turbinas de carvão convencionais, nas tradicionais instalações de Schwarze Pumpe, em Spremberg, nas proximidades de Cottbus, Brandemburgo.

Combustão "limpa"
A combustão nas novas caldeiras também produz dióxido de carbono. Entretanto, este é isolado e separado dos demais gases, no processo denominado oxyfuel, onde a combustão é realizada em oxigênio, e não no ar normal. O CO2 resultante é então liquefeito e armazenado subterraneamente. "A meta de nosso projeto de pesquisa é o aproveitamento da linhita sem emissão de gases", comenta o presidente da Vattenfall Europa, Klaus Rauscher. "Os investimentos para as instalações-piloto darão claro impulso a essa tecnologia".

Entretanto essa intenção ainda está na fase de desenvolvimento, pois a separação do dióxido de carbono ainda compromete a produtividade. Como a produção de oxigênio e o processo de liquefação consomem energia adicional, a capacidade das novas usinas fica entre 10% e 12% abaixo da das tradicionais.

O futuro da nova tecnologia
Por isso, a usina-piloto permanecerá em regime de teste por três anos. Durante este período, engenheiros e técnicos estudarão modos de funcionamento alternativos, explica o porta-voz do projeto, Damian Müller. Com o conhecimento acumulado, poderá entrar em funcionamento, entre 2012 e 2015, uma grande usina "livre de CO2", com capacidade de 300 a 600 megawatts/hora. Somente em 2020 a técnica deve estar apta para implementação em grande escala.

Damian Müller admite que o armazenamento do CO2 debaixo do solo é um dos pontos controvertidos da nova técnica. Uma possibilidade é usar para tal campos de petróleo exauridos sob o Mar do Norte ou o deserto da Líbia. Outra possibilidade é o transporte por dutos.

Críticas dos ambientalistas
Diversos ambientalistas criticam a solução da Vattenfall. Gabriela von Goerne, do Greenpeace, sublinha que uma eventual redução das emissões de CO2 não se fará sentir antes de 2020. A técnica incentiva ainda a continuada extração do carvão fóssil, prejudicial ao meio ambiente, a longo prazo.

Além disso, vazamentos ou antigos poços de extração poderiam permitir escape de CO2, com efeitos negativos para o ecossistema local e mesmo para o efeito estufa. Por último, Von Goerne rejeita o armazenamento no fundo do oceano: essa técnica tanto dispendiosa quanto insegura poderia colocar desnecessariamente em perigo o sensível ecossistema submarino.

A Vattenfall é a principal operadora de energia dos países nórdicos e a quinta mais importante da Europa. No momento, outras operadoras experimentam com métodos "limpos" semelhantes. Na alternativa pesquisada pela Eon e RWE, antes de ser queimada, a linhita é transformada num gás sintético, do qual se extrai então o dióxido de carbono. A Eon pretende produzir eletricidade através dessa tecnologia, já a partir de 2011.
(Detsche Welle, 29/05/06)
http://www.dw-world.de/dw/article/0,2144,2035169,00.html

desmatamento da amazônia (2116) emissões de gases-estufa (1872) emissões de co2 (1815) impactos mudança climática (1528) chuvas e inundações (1498) biocombustíveis (1416) direitos indígenas (1373) amazônia (1365) terras indígenas (1245) código florestal (1033) transgênicos (911) petrobras (908) desmatamento (906) cop/unfccc (891) etanol (891) hidrelétrica de belo monte (884) sustentabilidade (863) plano climático (836) mst (801) indústria do cigarro (752) extinção de espécies (740) hidrelétricas do rio madeira (727) celulose e papel (725) seca e estiagem (724) vazamento de petróleo (684) raposa serra do sol (683) gestão dos recursos hídricos (678) aracruz/vcp/fibria (678) silvicultura (675) impactos de hidrelétricas (673) gestão de resíduos (673) contaminação com agrotóxicos (627) educação e sustentabilidade (594) abastecimento de água (593) geração de energia (567) cvrd (563) tratamento de esgoto (561) passivos da mineração (555) política ambiental brasil (552) assentamentos reforma agrária (552) trabalho escravo (549) mata atlântica (537) biodiesel (527) conservação da biodiversidade (525) dengue (513) reservas brasileiras de petróleo (512) regularização fundiária (511) rio dos sinos (487) PAC (487) política ambiental dos eua (475) influenza gripe (472) incêndios florestais (471) plano diretor de porto alegre (466) conflito fundiário (452) cana-de-açúcar (451) agricultura familiar (447) transposição do são francisco (445) mercado de carbono (441) amianto (440) projeto orla do guaíba (436) sustentabilidade e capitalismo (429) eucalipto no pampa (427) emissões veiculares (422) zoneamento silvicultura (419) crueldade com animais (415) protocolo de kyoto (412) saúde pública (410) fontes alternativas (406) terremotos (406) agrotóxicos (398) demarcação de terras (394) segurança alimentar (388) exploração de petróleo (388) pesca industrial (388) danos ambientais (381) adaptação à mudança climática (379) passivos dos biocombustíveis (378) sacolas e embalagens plásticas (368) passivos de hidrelétricas (359) eucalipto (359)
- AmbienteJá desde 2001 -