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2006-05-30
Enquanto empresas do setor de papel e celulose como Aracruz , Suzano Papel e Celulose e Votorantim Celulose e Papel (VCP) têm apresentado avanços significativos no desenvolvimento da sustentabilidade corporativa, a indústria de alimentos e bebidas ainda tem um longo caminho a percorrer. É o que revela a pesquisa divulgada pela Fundação Brasileira para o Desenvolvimento Sustentável (FBDS), em parceria com o instituto suíço IMD (CSM/IMD), intitulada The Brazilian Business Case for Corporate Sustainability.

Para verificar o estágio da aplicação da sustentabilidade foram ouvidos mais de cem executivos de 15 empresas dos segmentos de papel e celulose, alimentos e bebidas e energia elétrica, considerados de grande impacto econômico e ambiental.

De acordo com a responsável pelo estudo, Clarissa Lins, embora o conceito esteja difundido entre os gestores, ainda não foi incorporado efetivamente nas estratégias das organizações, apesar do bom desempenho de algumas áreas, como a de papel e celulose. “Por caracterizar um setor exportador e fortemente cobrado por seu impacto ambiental, seja por parte da legislação ou da sociedade, a preocupação com a atuação responsável está disseminada na alta administração”, afirma.

Já no setor de alimentos, segundo Clarissa, o conceito ainda não é priorizado no planejamento das empresas e algumas demonstraram resistência em abordar o tema, embora esteja mais disseminado em filiais das multinacionais. “A grande informalidade no setor prejudica a expansão das práticas sustentáveis para toda a cadeia produtiva”, diz.

Valorização no mercado

O comprometimento do setor de papel e celulose com questões socioambientais se reflete no mercado de capitais, com forte presença dessas empresas no Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE), da Bovespa . Das cinco empresas abordadas no estudo, três estão listadas nesse índice: Aracruz Celulose, Suzano Papel e Celulose e VCP .

Criado em novembro de 2005, o índice abrange empresas com boas práticas nas dimensões social, ambiental e econômica, que sustentam a governança corporativa, e alcançou, este ano, uma valorização de 9%, frente aos 7% do Ibovespa, até o dia 24 de maio.

A preocupação dos acionistas com os riscos socioambientais levou a Aracruz a criar um Comitê de Sustentabilidade no seu Conselho de Administração. Segundo o gerente de relações corporativas, Ricardo Rodrigues Mastroti, a questão ganhou a mesma relevância que o desempenho financeiro, e já faz parte da estratégia da empresa. Para administrar os conflitos como o ocorrido recentemente com a invasão de sua propriedade pela Via Campesina, a empresa tem buscado parceria com o Instituto para o Desenvolvimento do Investimento Social (Idis) e o governo, para promover ações de educação ambiental.

“Nós temos procurado divulgar o nosso trabalho com o objetivo de diminuir os conflitos sociais e fortalecer nossa imagem”, afirma Mastroti. Além do ISE, a empresa também está listada no Dow Jones Sustainability, que tem apresentado um rendimento 30% superior aos índices do mercado.

As práticas direcionadas ao meio ambiente e à sociedade também têm norteado os investimentos da Suzano Papel e Celulose. A ampliação da unidade da Bahia contará com um Centro de Treinamento voltado para a população local, além de ações para diminuir o impacto ambiental, projeto que deverá gerar oito mil empregos e conta com orçamento de R$ 1,3 bilhão.

“O impacto dessas ações tem se refletido no Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) dos municípios em que atuamos, que apresentam números superiores à média do estado”, afirma Gustavo Poppe, gerente de relacionamento com investidores. A empresa também tem buscado ampliar a certificação do FSC (Forest Stewardship Council, ou Conselho de Administração Florestal) para os produtos da unidade de São Paulo.

Setor energético

Apesar da disposição para a incorporação da sustentabilidade, o setor de energia elétrica ainda apresenta, segundo o estudo, ações dispersas nas áreas corporativas, marcado pela forte atuação dos agentes reguladores. Para diminuir os riscos, a Companhia Paulista de Força e Luz (CPFL) tem investido em diversos projetos ligados ao meio ambiente.

Segundo o gerente executivo de relação com investidores da empresa, Vitor Fagá, a prática responsável também gerou novas perspectivas de negócios para a empresa, que faz parte do grupo do Carbon Disclosure Project (Projeto de Informações sobre a Emissão de Gases de Efeito Estufa), e poderá obter ganhos com emissão de crédito de carbono. O mercado tem valorizado seus papéis, que alcançaram rentabilidade nos últimos 12 meses de 79%, ante aumento de 43% do Ibovespa. “Empresas sustentáveis geram valor para acionistas no longo prazo, pois estão mais preparadas para enfrentar os riscos”, diz Fagá. (DCI, 29/5)

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