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2006-05-30
Com um novo tipo de combustível diesel entrando no mercado nos próximos dias; novas tecnologias que reduziram amplamente os problemas com barulho, cheiro e desempenho; além de benefícios fiscais federais como os oferecidos a veículos híbridos, as fábricas de carros esperam empolgar os consumidores com carros e veículos esportivos de maior desempenho com o diesel.

Alguns especialistas do ramo prevêem que com a nova tecnologia e benefícios fiscais, o mercado americano poderá ficar muito parecido com o da Europa, onde metade dos novos automóveis são abastecidos com diesel. No entanto, ainda resta alguma dúvida sobre se as refinarias podem cumprir com a demanda sem um forte aumento nos preços do diesel.

O presidente Bush disse que os carros a diesel poderiam ajudar a solucionar o que chamou de vício nacional no petróleo andando 30% a mais por galão em relação aos carros abastecidos com gasolina. Esses veículos chegarão ao mercado em alguns anos. Mas alguns especialistas advertem que o diesel ainda constitui uma forma de petróleo, e a capacidade de as refinarias o produzirem no lugar da gasolina é limitada. Além disso, custaria investimentos caros mudar a relação de produção gasolina – diesel.

Mas a nova tecnologia e política regulamentadora estão criando a possibilidade de veículos a diesel mais atraentes. A partir de 1 de junho, as refinarias devem produzir o que é conhecido como o diesel com baixo índice de enxofre, com não mais que 15 partes/ milhão de enxofre, número menor que as 500 partes / milhão.

Apesar de o combustível com baixo teor de enxofre ter permitido a introdução de veículos mais limpos, outras tecnologias que limitarão a emissão de óxidos de nitrogênio, um elemento da fumaça, provavelmente estarão nas ruas em torno do ano 2008. E novos controles computadorizados que injetam o combustível de forma mais eficiente aumentaram o poder de redução do barulho dos motores, de forma que aqueles que funcionam com diesel freqüentemente não se distinguem dos que funcionam com gasolina.

Mas os benefícios que tocam o meio-ambiente e o consumo de energia são menos claros. Apesar de fazerem mais quilômetros por galão – de 20% a 30% mais, de acordo com seus defensores – a redução dos gases responsáveis pelo aquecimento global não é tão expressada assim porque o diesel possui mais carbono do que a gasolina, e, desta forma, produz mais dióxido de carbono por galão queimado.
(Por Matthew L. Wald, The New York Times, 29/05/06).
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