(29214)
(13458)
(12648)
(10503)
(9080)
(5981)
(5047)
(4348)
(4172)
(3326)
(3249)
(2790)
(2388)
(2365)
2006-05-30
No Brasil, restam apenas 7% da vegetação original da Mata Atlântica. O ecossistema, rico em biodiversidade, já cobriu, no passado, áreas que iam do nordeste do Rio Grande do Norte até o Rio Grande do Sul. Há décadas, o desmatamento voraz tem sido responsável por ameaçar espécies da fauna e da flora, além de comprometer os recursos hídricos do bioma.

Uma das iniciativas para defesa do ecossistema é a criação e a gestão de Unidades de Conservação (UC). No Brasil, as primeiras UCs foram implantadas nas áreas de Mata Atlântica, mas a ação não tem sido suficiente para reverter o quadro de desmatamento.

Durante uma série de debates organizados entre os dias 26 e 28/05 pela organização não-governamental Fundação SOS Mata Atlântica, Carlos Manuel Rodriguez, ex-ministro do Meio Ambiente da Costa Rica, afirma que um país que deseja recuperar suas áreas naturais não deve se ater a “programas e projetos específicos aqui ou ali, é um processo de país e tem que ter consenso da sociedade civil”. A Costa Rica tem uma experiência positiva em termos de preservação da Mata Atlântica. No final da década de 80, o desmatamento havia deixado apenas 21% da sua cobertura vegetal original. A política ambiental adotada pelo país em 1996 proibiu o desmatamento em quaisquer áreas do país e privilegiou a criação de unidades de conservação. A ação foi bem sucedida e, em 2000, o território recuperara 45% da sua mata nativa e 25% do território está protegido por Unidades de Conservação.

O secretário de Biodiversidade e Florestas do Ministério do Meio Ambiente (MMA), João Paulo Capobianco concorda com Rodriguez e afirma que o maior desafio do Brasil em assuntos ambientais é exatamente a decisão do desmatamento zero. “Não é um desafio do governo federal, é um desafio da sociedade brasileira”. Capobianco explica que hoje uma das estratégias do ministério “é priorizar determinadas fitofisionomias do bioma que estavam totalmente desprotegidas e à beira da extinção”.

Os ambientalistas defendem também a gestão integrada de diversos recursos naturais, como a água, o solo e a própria floresta da Mata Atlântica. Malu Ribeiro, coordenadora da Rede de Águas, da SOS Mata Atlântica, afirma que é muito mais econômico e eficiente trabalhar com a conservação e a gestão de recursos naturais como um todo e enfatiza que ações em curto prazo na área ambiental não resolvem o problema.

Espécies em extinção
O Ministério do Meio Ambiente e mais 38 organizações assinaram no evento um protocolo de intenções para a criação de Aliança Brasileira para Extinção Zero, uma iniciativa que busca salvar as espécies ameaçadas de extinção e tenta impedir que outras variedades tenham a mesma sorte. O objetivo da Aliança é aliar as capacidades técnicas, científicas, financeiras e políticas de instituições governamentais e não-governamentais para essa empreitada.

“A Aliança pretende apontar o número de espécies em extinção e identificar o local onde vivem essas espécies e a partir daí criar ações para conservação”, explica a superintendente técnica da Fundação Biodiversitas, Gláucia Drummond.

O Brasil está no processo de identificação dessas espécies em risco. Em 2003, o MMA divulgou a lista das espécies em ameaça de extinção da fauna, em 2005, de peixes e invertebrados aquáticos e, para o segundo semestre de 2006, está prevista a lista de espécies da flora. “A preservação da biodiversidade demanda muitas ações. A identificação [das espécies] é um passo fundamental, mas é inicial. O governo não pode fazer sozinho e por isso a Aliança é extremamente positiva”, afirma Capobianco.

O secretário do MMA ainda lembra que “publicar a lista das espécies é obrigação e tirar as espécies dessas listas é compromisso”. Segundo ele, é a primeira vez que um país se compromete a tomar esse tipo de iniciativa e se der certo será um exemplo a ser disseminado.
Por Natalia Suzuki, Agência Carta Maior

desmatamento da amazônia (2116) emissões de gases-estufa (1872) emissões de co2 (1815) impactos mudança climática (1528) chuvas e inundações (1498) biocombustíveis (1416) direitos indígenas (1373) amazônia (1365) terras indígenas (1245) código florestal (1033) transgênicos (911) petrobras (908) desmatamento (906) cop/unfccc (891) etanol (891) hidrelétrica de belo monte (884) sustentabilidade (863) plano climático (836) mst (801) indústria do cigarro (752) extinção de espécies (740) hidrelétricas do rio madeira (727) celulose e papel (725) seca e estiagem (724) vazamento de petróleo (684) raposa serra do sol (683) gestão dos recursos hídricos (678) aracruz/vcp/fibria (678) silvicultura (675) impactos de hidrelétricas (673) gestão de resíduos (673) contaminação com agrotóxicos (627) educação e sustentabilidade (594) abastecimento de água (593) geração de energia (567) cvrd (563) tratamento de esgoto (561) passivos da mineração (555) política ambiental brasil (552) assentamentos reforma agrária (552) trabalho escravo (549) mata atlântica (537) biodiesel (527) conservação da biodiversidade (525) dengue (513) reservas brasileiras de petróleo (512) regularização fundiária (511) rio dos sinos (487) PAC (487) política ambiental dos eua (475) influenza gripe (472) incêndios florestais (471) plano diretor de porto alegre (466) conflito fundiário (452) cana-de-açúcar (451) agricultura familiar (447) transposição do são francisco (445) mercado de carbono (441) amianto (440) projeto orla do guaíba (436) sustentabilidade e capitalismo (429) eucalipto no pampa (427) emissões veiculares (422) zoneamento silvicultura (419) crueldade com animais (415) protocolo de kyoto (412) saúde pública (410) fontes alternativas (406) terremotos (406) agrotóxicos (398) demarcação de terras (394) segurança alimentar (388) exploração de petróleo (388) pesca industrial (388) danos ambientais (381) adaptação à mudança climática (379) passivos dos biocombustíveis (378) sacolas e embalagens plásticas (368) passivos de hidrelétricas (359) eucalipto (359)
- AmbienteJá desde 2001 -