Em cerimônia presenciada por apenas 40 pessoas, na maior parte funcionários públicos e membros de organizações não-governamentais, foi aberta na manhã do último sábado (27/5) na Câmara de Vereadores de Osório a Semana Estadual do Meio Ambiente, que se estenderá até o dia 5 de junho com a campanha “A Vida no Limite”.
Depois de assinar com a Universidade Federal do Rio Grande do Sul um convênio pelo qual a Secretaria Estadual do Meio Ambiente aplicará recursos do banco alemão KIW, seu parceiro, no estudo da biologia e do manejo da samambaia preta, o secretário Claudio Dilda disse que “o homem, situado no topo da cadeia da vida, precisa dar resposta aos diversos sinais emitidos pela natureza”. A samambaia preta é uma folhagem usada como adereço de buquês florais. No nordeste do Rio Grande do Sul, calcula-se que cerca de 2000 pessoas tirem renda dessa nova forma de extrativismo.
Entre vários episódios preocupantes, Dilda citou a elevação do nível das águas dos oceanos. “A Nova Zelândia abriga os primeiros exilados do clima: são pessoas expulsas de ilhas-países”, disse o secretário, lembrando que a seca na região oeste do Rio Grande do Sul pode ser um indício de grave distúrbio climático. Ele chamou a atenção para a absoluta interdependência entre os diversos seres vivos. “O que será da produção de alimentos se os micro-organismos do solo forem prejudicados como fertilizadores?”, perguntou.
A Semana do Meio Ambiente, que vai até o dia 5 de junho, tem como objetivo central a recuperação da mata atlântica, conjunto de formações florestais que se estendia do Rio Grande do Sul ao Rio Grande do Norte. Segundo dados de 1995, apenas 2,69% do território gaúcho são cobertos hoje pela vegetação que originalmente recobria 39,7% do estado.
Por Geraldo Hasse, especial para o Ambiente Já e
Jornal JÁ
Em São Paulo, "Viva a Mata" reúne 60 mil pessoas
Após três dias de programação no Parque do Ibirapuera 60 mil pessoas passam pelo "Viva a Mata" 2006.O evento, promovido pela Fundação SOS Mata Atlântica reuniu projetos de conscientização, preservação e educação ambiental desenvolvidos em todo o Brasil.
O objetivo foi de integrar as pessoas a esta floresta tipicamente brasileira, que já perdeu 93% de sua cobertura original de onde vivem 17 estados e 110 milhões de habitantes.(informações de SOS Mata Atlântica)