O veranico do último fim-de-semana não favoreceu a montagem do 20º gerador da usina eólica de Osório. Às 9 horas de sábado (27/5), o guindastão vermelho içou dois técnicos ao topo da torre em que só faltava afixar as hélices. Parecia que seria enfim concluída a montagem de mais um gerador, mas um vento morno do norte-noroeste desarmou toda a operação. Como de costume quando venta um pouco mais forte, os superguindastes foram desativados para evitar acidentes.
Fora o gerador-quase-pronto, a Ventos do Sul chegou ao último domingo de maio com 19 cata-ventos montados, três torres aptas a receber os geradores e duas torres em fase de construção. Falta pouco para se concluir a primeira parte do Parque Eólico de Osório. Na segunda parte, no Sangradouro da Lagoa dos Barros, estão prontas 22 bases.
Três das 25 bases projetadas para o Sangradouro serão construídas em outro local por problemas nas fundações. Uma surpreendente quantidade de conchas no subsolo determinou a mudança, que favorecerá (com royalties por 20 anos) o fazendeiro Carlos Correia D’Ávila, em detrimento da família Marques, uma das mais antigas de Osório. Permanece quase “invisível” aos olhos da população a terceira parte da usina, junto à Lagoa dos Índios, longe das principais estradas do interior do município.
Uma das novidades do principal canteiro de obras é que todas as torres prontas estão sendo pintadas in loco com três matizes de verde, exigência da Fepam para amenizar o contraste do concreto branco com a paisagem. O serviço de pintura está sendo executado pela Woebcke, indústria de Gravataí que constrói as torres com tecnologia da Alemanha. Entregue com grande atraso, a tinta é fabricada no Chile.
Por Geraldo Hasse, de Osório, para O Diário dos Ventos, série exclusiva do Ambiente Já e
Jornal Já, 29/05.