O governo de Quebec desafiou o Primeiro Ministro do Canadá, Stephen Harper, pedindo que o Governo Federal ajude a sua província a atingir as suas metas de redução das emissões de gases do efeito estufa (GGE). A província de Manitoba seguiu o exemplo de Quebec, anunciando que atingirá a sua meta de Kyoto, não importando o que Ottawa fizer.

Uma monção do Ministro do Meio Ambiente, Claude Bechard, a qual passou unanimemente na legislação de Quebec, incitou o Governo Federal à “respeitar os seus compromissos internacionais e o objetivo de reduzir os GEE, como estabelecido pelo Protocolo de Kyoto”. Além do pedido ao Governo Federal, a monção de Bechard também exigiu $328 milhões para combater as mudanças climáticas.

“Quebec tem a melhor média de emissão de GEE per capita no Canadá, sendo 12 toneladas per capita contra 26 toneladas per capita, que é a média no país”, disse ele, adicionando que entre 1990 e 2003, as emissões de GEE aumentaram somente 6% em Quebec. No restante do Canadá, o aumento foi de 24%.Quebec tem a sua base energética fortemente hídrica, equivalente a 94%. Outras províncias têm a sua energia proveniente da queima do carvão, óleo e gás natural.

Berchard disse que Quebec deseja que Harper respeite a assinatura do Protocolo de Kyoto, alertando contra a entrada do Canadá na parceria realizada entre os Estados Unidos e alguns países do Pacífico, os quais rejeitaram Kyoto. “Não chegaremos lá com a parceria Ásia-Pacífico”, disse o ministro. “Não estamos querendo medidas menos restritivas”.

Na quarta-feira (24/05), Harper respondeu aos críticos dizendo que ações valem mais do que palavras. “Há muitas pessoas ao redor do mundo que fazem discursos ambiciosos sobre a limitação dos GEE, mas estou mais interessado em ver o que realmente está sendo feito”, disse Harper. Segundo Kyoto, o compromisso do Canadá de redução das emissões de GEE é de 6% abaixo do nível de 1990 até 2012. Quebec e Manitoba atualmente são as únicas províncias comprometidas em atingir as metas do Protocolo, com ou sem o apoio de Ottawa.
(Por Fernanda B Müller, Carbono Brasil, 26/05/06).
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