Quase um mês depois da nacionalização do petróleo e do gás natural da Bolívia, o RS não enfrentou nenhum problema em função da decisão do presidente Evo Morales. O secretário estadual de Energia, Minas e Comunicações, José Carlos Brack, afirmou neste final de semana que não existiu e nem existirá nos próximos meses ameaça de desabastecimento.
Conforme Brack, o gás natural boliviano representa só 6% da energia elétrica gerada no Estado. "Apesar do gás boliviano representar um bom preço aos consumidores, o Estado é capaz de suprir esse percentual com outras fontes de energia", esclarece o secretário.
"Independente da crise levantada pela Bolívia, o Rio Grande do Sul se tornará auto-suficiente em energia em 2010, gerando energia através de fontes alternativas, como eólica, biomassa e o carvão mineral", afirmou Brack. Hoje, o Estado importa em torno de 38% da energia que consome. Todo o gás, atualmente consumido na região Sul por indústrias, comércio, residências, veículos e instituições públicas, como hospitais, vem da Bolívia, o que justificou a preocupação inicial com a decisão boliviana. "Creio que as negociações em andamento pela Petrobras na Bolívia vão ser concluídas com sucesso", disse Brack.
Correio do Povo, 29/05/06.