A Monsanto, maior criadora de safras geneticamente modificadas no mundo,
anunciou que os agricultores norte-americanos ampliaram as áreas de plantio de seu
milho criado por biotecnologia em 9,1% neste ano devido à demanda de sementes
com benefícios múltiplos.
O plantio de milho geneticamente modificado nos Estados Unidos aumentou 4,1
milhões de acres, para 49 milhões em relação ao ano passado. Cerca de 25
milhões de acres foram plantados com sementes que contêm mais de uma
característica genética modificada, superando o total de acres com uma única
característica pela primeira vez, segundo a Monsanto.
No ano passado, a Monsanto introduziu sementes de milho com três benefícios,
criadas geneticamente para resistir ao herbicida Roundup e insetos que comem
raízes e hastes da planta. A área plantada com a semente de benefícios triplos
mais que triplicou para 5 milhões de acres, enquanto a das semente de benefício
duplo cresceu 54%, para cerca de 20 milhões de acres
"O mercado está migrando muito rapidamente, não apenas para a biotecnologia,
mas para características múltiplas", comentou Carl Casale, vice-presidente
executivo da Monsanto na América do Norte. As áreas plantadas de milho com um único benefício genético diminuiu 22% para 24 milhões de acres, segundo a Monsanto. A queda, a primeira vez na história, "é um divisor de águas", acrescentou Casale.
Os agricultores norte-americanos aumentarão a produção total de milho até o fim
da década em 6,8% para 297 milhões de toneladas, afirmou a Monsanto. A produção
mundial subirá em todas as regiões, liderada por um aumento de 21% no Brasil,
para 53 milhões de toneladas em 2010, conforme a empresa.
A produção de soja aumentará em todas as regiões, exceto nos Estados Unidos,
onde a produção declinará 8% para 81 milhões de toneladas em 2010, diz a
Monsanto. A produção do Brasil crescerá 35% para 81 milhões de toneladas,
acrescentou. Os agricultores norte-americanos plantarão mais milho às custas da soja para
atender a demanda por etanol.
GM/Bloomberg News, 25/05/06