A Tramontina inaugurou ontem o projeto de reestruturação das estações de tratamento de efluentes do complexo Tramontina Cutelaria, em Carlos Barbosa. São duas estações, que somam investimentos de R$ 4 milhões. Outros R$ 200 mil devem ser aplicados em 2007 para a desinfecção dos efluentes e posterior reaproveitamento industrial e de limpeza. A fábrica conta com uma central de resíduos sólidos desde 2003, com investimento de R$ 1 milhão.

O presidente Clovis Tramontina ressalta que a preservação ambiental faz parte dos compromissos sociais da empresa. "Somos responsáveis pela qualidade da água que jogamos em duas bacias hidrográficas", afirmou, referindo-se às nascentes dos rios Antas/Taquari e Caí. Através da modernização do processo de tratamento dos efluentes, a Tramontina chega perto dos 100% de despoluição. São três estágios de tratamento, em um ciclo de aproximadamente 20 dias, dos quais 15 são de retenção da água em tanques com igarapés.

No primeiro estágio, onde os efluentes permanecem apenas um dia, já há redução de 60% a 80% da carga orgânica e química. No segundo, a água alcança os níveis previstos em lei, que permitiriam sua devolução aos rios. A capacidade das estações atende à produção atual e contempla futuras ampliações da empresa.

A Cutelaria é uma das dez fábricas da Tramontina e responde por 70% do faturamento do grupo, que deve alcançar R$ 2,2 bilhões este ano. São oito fábricas no Rio Grande do Sul, uma em Belém do Pará (PA) e outra em Recife (PE), que somam 700 mil m² de área construída. As plantas industriais, mais os centros de distribuição instalados em seis estados brasileiros, abrigam 5,5 mil funcionários. A empresa exporta o equivalente a 30% do faturamento para 124 países.
Correio do Povo, 25/05/06
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