A Natura divulgou na terça-feira (23) um comunicado em que responde às acusações de que teria se aproveitado de vendedoras do mercado Ver-o-peso e reafirma a intenção de investir recursos em uma unidade industrial no Pará. Será a primeira unidade fora do estado de São Paulo, sede da empresa. A iniciativa "deve envolver cerca de 2.300 famílias em 23 municípios do estado, no fornecimento de oleaginosas e frutos para a produção de óleos da biodiversidade brasileira", segundo o comunicado oficial.

Seis vendedoras do mercado Ver-o-Peso acusaram a empresa de filmá-las e entrevistá-las de forma a obter as receitas tradicionais de manipulações de ervas para fabricação de perfumes. A empresa explica que as filmagens tinham como objetivo captar material para vídeos institucionais e que o conhecimento passado por elas é público, além de não ser utilizado no processo de extração e formulação de fragâncias, extremamente mais complexo.

Além do Ver-o-peso, foram realizadas missões para outras localidades, como Silves, com o intuito de conhecer as práticas de manejo e tradições culturais relacionadas às matérias primas que a empresa utiliza. Segundo o comunicado, o uso de imagens do Ver-o-peso é utilizado na comunicação da Natura enquanto símbolo das tradições populares brasileiras relacionadas ao hábito da perfurmação.
Amazônia.org.br, 24/05/06.
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