Empresa de Pesquisa do RJ lança biodiesel a partir do óleo de girassol
2006-05-25
Em um mês, a Pesagro (Empresa de Pesquisa Agropecuária do Estado do
Rio de Janeiro), vinculada à Secretaria de Agricultura, Abastecimento,
Pesca e Desenvolvimento do Interior, começará a produzir em Campos, na
Região Norte Fluminense, um combustível mais barato e menos poluente:
o biodiesel elaborado a partir do girassol.
O combustível faz parte de um projeto em desenvolvimento na estação
experimental da Pesagro em Campos, em conjunto com a Uenf
(Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro) e apoio da
Coppe (Coordenação de Pós-Graduação e Pesquisa em Engenharia)/UFRJ
(Universidade Federal do Rio de Janeiro) que prevê a geração de energia
alternativa no local.
Há três anos, diversas lavouras em Campos estão sendo utilizadas para
estudar o uso de combustível feito com óleo extraído de plantas, como
o girassol, o gergelim e a mamona.
- Já concluímos a fase de elaboração de óleo, aprovado técnica e
qualitativamente pela Coppe, o que nos leva a crer que, em um mês,
este biodiesel derivado de óleo vegetal já poderá ser utilizado nas
viaturas da Pesagro - prevê o pesquisador e engenheiro agrônomo
Arivaldo Ribeiro Viana, da estação experimental.
O girassol, matéria-prima utilizada nesta primeira fase, já é
processado na unidade e se transformado em óleo vegetal. Agora, a
Pesagro com ele vai produzir o combustível alternativo que, no
futuro, poderá substituir o convencional. A empresa inicialmente quer
produzir 800 litros/dia.
Para o engenheiro Arivaldo Viana, o Estado do Rio é praticamente
pioneiro no país em pesquisa de combustível derivado de óleos vegetais
e envolve diversas secretarias de estado e instituições, além do
trabalho no campo.
- O desenvolvimento desse combustível alternativo é um triunfo para o
governo do estado, cujo papel foi fundamental em todas as fases do
processo - lembrou o engenheiro, acrescentando que está programado
para junho o lançamento oficial do produto com base científica “de
modo a não frustrar expectativas e investimentos privados”.
Arivaldo Viana destacou ainda os aspectos social e agronômico
paralelos do projeto de desenvolvimento do biodiesel fluminense. Na
entressafra da cultura de cana-de-açúcar, de novembro a abril, as
terras ficam ociosas e o desemprego cresce.
- É neste período que entra a rotação de cultura com o plantio e
colheita de oleaginosas. Além de favorecer a manutenção e conservação
do solo, estas plantações permitem novos ganhos para o produtor rural
e para aumentar a produtividade de cana e a geração de empregos -
explicou.
Governo do Rio de Janeiro, 24/05/06
http://www.imprensa.rj.gov.br/SCSSiteImprensa/detalhe_noticia_int.asp?ident=1973