Projeto melhora qualidade da água no interior de Caí
2006-05-24
Tratar de forma continuada e de acordo com as normas de saúde a água que
abastece 200 famílias no interior de São Sebastião do Caí. Esta é a meta de um
trabalho que vem sendo feito pela prefeitura nas comunidades de Arroio Bonito e
Vigia, localidades não atendidas pelos serviços da Companhia Riograndense de
Saneamento (Corsan), responsável pelo abastecimento de água no município. Além
da instalação de hidrômetros que já vinha sendo feita, no dia 16 foram
instalados dois dosadores de cloro nas estruturas de fornecimento de água das
duas comunidades.
Serão beneficiadas pela medida, que teve um investimento de R$ 7,2 mil, 100
famílias em Arroio Bonito e outras 100 em Vigia. “A água que estas pessoas
recebem sai de poços artesianos, passa pelas redes até chegar ao reservatório,
onde fazíamos a adição manual de cloro. Agora, a colocação do produto somada com
o flúor, exigidos por lei, será automática e no volume correto”, explicou
Fernando Dias, da Vigilância Sanitária da prefeitura de Caí. Na localidade de
Arroio Bonito, que tem pontos que recebem água antes dela chegar ao reservatório,
o dosador foi colocado junto ao poço que abastece a comunidade. Já em Vigia, o
equipamento está instalado junto ao reservatório de água.
O prefeito Léo Klein (PP), que acompanhou a instalação dos dosadores, destacou
que a medida é importante. “A água que as pessoas tinham era de boa qualidade,
mas agora podemos ter certeza de que se trata de um produto dentro das normas e
seguro para todos.”
COBRANÇA - Com a colocação dos hidrômetros e dosadores a prefeitura pretende
monitorar o consumo nas residências, a fim de estabelecer taxas pela utilização
do serviço de abastecimento de água autorizadas por meio da lei municipal que
criou, no final de abril, o Serviço Municipal de Águas (Sema), órgão ligado a
Secretaria Municipal de Obras.
As medições começam em junho e as primeiras contas devem ser emitidas em julho,
tendo a taxa básica valor de R$ 10,37 até o limite de 10 metros cúbicos (dez
mil litros), sendo cobrado então R$ 2,19 por metro cúbico adicional até o teto
de 20 metros cúbicos. A partir deste volume, os valores passam a ser calculados
sobre cada conta.
Para a coordenadora da Secretaria Municipal de Saúde, Neiva Santos, a colocação
dos dosadores de cloro e flúor trará reflexos no trabalho da secretaria. “A
tendência é de que, com uma água tratada e potável, diminuam os casos de
diarréia e outras doenças mais graves, o que será muito positivo.” A população
abrangida pela iniciativa também elogiou. “Nossa água já era boa, mas não me
importo de pagar tarifa se for para ter um produto tratado e de melhor
qualidade”, disse o comerciante de Arroio Bonito Daltio Hess, 62 anos.
(Jornal NH, 23/05/06)
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