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2006-05-24
Um homem esnobe. Um homem frio. Um homem... chato. Era assim que boa parte dos congressistas dos EUA definia o vice-presidente Al Gore. Coisas do passado e da política. Longe do governo, hoje há um novo Al Gore que é celebrado dentro e fora de seu país. E a sua causa raramente desperta antipatias: ele se tornou ativista ambiental e tem se saído tão bem nessa função que já compõe a lista das 100 personalidades mais influentes do mundo elaborada pela revista Time. Também estampou a capa das revistas Vanity Fair e Wired como ícone da “nova onda verde”. Não é para menos. Num momento em que o mundo está preocupado com a emissão de poluentes responsáveis pelo aquecimento global, Gore voou mais de um milhão de milhas pelos quatro continentes para fechar contratos prevendo a construção de usinas que produzam energia a partir de fontes alternativas.

Os recursos para isso saem de sua empresa, a Generation Investment Management, que nos últimos dois anos convenceu megainvestidores a apostar em projetos ecologicamente sustentáveis. Comandada pelo lendário David Bloom, que se aposentou aos 44 anos após fazer o patrimônio do banco Goldman Sachs saltar de US$ 50 bilhões para US$ 325 bilhões, a Generation já tem em cofre cerca de US$ 200 milhões.

Há quem veja nisso tudo uma ponta de oportunismo de Al Gore, mas o fato é que ele se dedica às causas ambientais desde 1970, apresentando as suas idéias aos senadores em Washington. Como vice-presidente de Bill Clinton, ele também defendeu as metas estabelecidas pelo Protocolo de Kioto, o pacto internacional que determina a redução dos níveis de gases que esquentam a atmosfera aos índices de 1990. E é dele o livro Earth in the balance: ecology and the human spirit (A Terra em um balanço: a ecologia e o espírito humano).

A sua militância ambiental, digamos assim, mais prática começou há cerca de cinco anos quando Eric Schmidt, então comandante do Google e um dos doadores de sua campanha, organizou um encontro do amigo com os maiores nomes da tecnologia mundial. Estavam presentes Steve Jobs (dono da Apple), Jerry Yang (do Yahoo!) e o pai da internet, Vint Cerf. Eles saíram convencidos a desenvolver tecnologias para reverter o aquecimento global. Como ele conseguiu? A resposta é de Schmidt: “Quando fala, Gore é engraçado, apaixonado, verdadeiro.” Com tantos elogios, a fala de Al Gore está cada vez mais cara. Atualmente, para ouvi-lo numa palestra é necessário desembolsar até US$ 100 mil, principalmente depois do lançamento de seu documentário, An inconvenient truth (Uma verdade inconveniente), que estreou nos EUA no badalado Festival de Sundance.

A cruzada em favor do meio ambiente também conquista cada vez mais investidores. O comandante da British Petroleum, John Browne, colocou US$ 8 bilhões para desenvolver tecnologias de produção de energia a partir do hidrogênio. Hank Paulson, atual CEO do Goldman Sachs, transformou uma propriedade, recebida como pagamento de uma dívida não quitada, em área de proteção ambiental devido à sua biodiversidade.

Mesmo contra o presidente George W. Bush que teima em não assinar o Protocolo de Kioto, mais de 200 prefeitos e governadores assinaram acordos independentes. Nas cidades de San Francisco e Chicago, boa parte da frota de ônibus já é movida por combustíveis alternativos. Fora dos EUA, a rainha da Inglaterra, Elizabeth II, sensibilizou-se pelo problema e quer convencer George W. Bush a adotar o protocolo. É a onda Al Gore que não pára de crescer.
Por Julio Wiziack, IstoÉ, 24/05/06

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