Fepam participa de ação integrada que reduziu a adulteração da gasolina no RS
2006-05-23
A adulteração da gasolina atingiu 10% (dez por cento) dos cerca de
2.500 postos de abastecimento de combustíveis do Rio Grande do Sul no
ano 2000 e caiu para os atuais 0,4% a 0,6% - de oito a dez
estabelecimentos.
A informação é do engenheiro-químico Renato Zucchetti, técnico da
Fepam que se encontra cedido ao Ministério Público Estadual, segundo
convênio renovado na sexta-feira (12/05). O acordo tem possibilitado,
ainda, a cessão de recursos materiais como densímetros, destiladores,
materiais de laboratório, medidores de ponto de fulgor, entre outros.
Uma força-tarefa foi criada a partir da assinatura de convênio, em
outubro de 2000, para a proteção e repressão das lesões aos
consumidores decorrentes de combustíveis inadequados ao consumo. Ele
envolveu o Ministério Público do Estado do Rio Grande do Sul, o
Ministério Público Federal, a Fundação de Ciência e Tecnologia –
Cientec, a representação do Instituto Nacional de Metrologia,
Normalização e Qualidade Industrial – Inmetro, e a Secretaria da
Justiça e da Segurança do RS.
Segundo Zuncchetti, o trabalho realizado no Rio Grande do Sul já
orientou ações semelhantes desenvolvidas no Rio de Janeiro, Acre e
Alagoas, além de ter sido apresentado em diversos congressos. A
fiscalização inclui a realização de 800 coletas e análises mensais,
realizadas por técnicos da UFRGS, que foi contratada pela Agência
Nacional do Petróleo e busca verificar se as amostras atendem aos
parâmetros estabelecidos nas várias Portarias da ANP.
O problema da adulteração de gasolina surgiu após a liberação da
distribuição, até 1998 concentrada em apenas sete grandes empresas. No
Brasil, hoje, segundo o técnico da Fepam, atuam mais de 1.200
distribuidoras. A adição de solvente ou mesmo água e álcool constitui
fraude contra o consumidor e prejudica os motores dos veículos.
(Fepam, 19/05/06)
http://www.fepam.rs.gov.br/noticias/noticia_detalhe.asp?id=874