Bajeenses buscam alternativas para amenizar a falta de água
2006-05-23
O racionamento de água de 18 horas por dia em Bagé está levando os bajeenses a buscarem outras alternativas para amenizarem a situação de estiagem.
Na Avenida Visconde de Ribeiro Magalhães, passando o trevo do 21, uma torneira instalada no terminal do Ipiranga tem sido a saída para muitas pessoas.
Nos últimos meses, extensas filas têm se formado, aonde pessoas chegam no local de bicicleta, a pé, de carro, moto ou até mesmo a cavalo carregados de vasilhames que saem cheios com a água do poço instalado naquela região no terminal do Ipiranga.
O desempregado Venezari Pereira, 55 anos, morador do bairro Ipiranga, no início da manhã pega a sua bicicleta para encher a bombona de três litros de água. Ele conta que essa rotina já faz parte de seu hábito, já que a água encanada chega em sua residência por raras vezes.
Já o aposentado Carlos Flávio Rodrigues Teixeira, 40 anos, morador o bairro Santa Tereza, carrega a sua moto com 40 garrafas de dois litros cada para encher de água no local. Ele comenta que há muitos anos esse poço serve de ponto de coleta para a comunidade daquela região e também de outras zonas, sendo que no período de seca, a procura pelo local se intensifica. “Esse local serve de alternativa para não ficarmos sem água. A empresa disponibiliza além da torneira uma mangueira para facilitar o enchimento dos vasilhames”, destaca Teixeira ao acrescentar que a água é limpa, saudável e salienta que já lhe informaram que 85% dela é mineral.
Para Teixeira, essa tarefa já virou rotina em sua vida porque declara que não dá para ficar esperando vir a água da rua, que falta por mais de quatro dias em sua casa.
Daeb
O setor técnico do Departamento de Água e Esgoto de Bagé (Daeb) informa que não é responsável por poço particular, sendo que a qualidade da água só é garantida em poços gerenciados pelo departamento.
(O Minuano, 23/05/06)