Meio Ambiente discute vazamento de lama em Minas Gerais
desastre de cataguases
gestão de substâncias químicas
2006-05-23
A Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável realiza audiência pública na quinta-feira (25) para discutir o vazamento 400 milhões de litros de lama, em razão de rompimento de barragem da empresa de mineração Rio Pomba Gataguases Ltda, no município de Miraí (MG). O debate foi proposto pelo deputado Sandro Matos (PTB-RJ).
O material que vazou era constituído de argila misturada com óxido de ferro e sulfato de alumínio. A lama atingiu o rio Muriaé, que banha quatro cidades do Noroeste Fluminense (Laje do Muriaé, Itaperuna, Italva e Cardoso Moreira). O vazamento pode prejudicar o tratamento da água na região, em razão da densidade da mancha, que chegou a 70 quilômetros de extensão, colocando em risco o abastecimento de cidades do norte e noroeste fluminense.
O vazamento atingiu o Córrego Bom Jardim, afluente do Rio Muriaé, que, por sua vez, é afluente do Rio Paraíba do Sul. O material que vazou era usado para a lavagem de bauxita - matéria-prima do sulfato de alumínio, empregado no tratamento de água por empresas de saneamento. A concentração de lama no leito dos rios impede a reprodução de muitos organismos aquáticos e provoca a mortandade de peixes.
Convidados
Foram convidados para o debate o procurador-geral do Ministério Público estadual do Rio de Janeiro, Marfan Martins Vieira; o diretor industrial da Mineração Rio Pomba Cataguases Ltda., Carlos Gilberto Ferlini; a presidente da Fundação Estadual de Engenharia do Meio Ambiente do Rio de Janeiro (Feema), Isaura Fraga; e a presidente da Fundação Estadual do Meio Ambiente de Minas Gerais (Feam), Ilmar Bastos Santos.
A audiência está marcada para as 10 horas, no plenário 8. (Agencia Câmara)