Barulho pode custar R$ 576 mil a Santa Cruz do Sul
2006-05-22
A batalha que vem sendo travada entre moradores, freqüentadores e
comerciantes da Avenida do Imigrante e da Marechal Deodoro pode acabar
custando caro para Santa Cruz. Na última sexta-feira, a Prefeitura foi
intimada pela Justiça, a pedido do Ministério Público, que cobra o
pagamento de R$ 1,1 milhão do município e do Estado.
A cobrança está relacionada ao não-cumprimento de uma ação ajuizada em
2002 pelo MP para coibir a poluição sonora no local mais freqüentado
pelos jovens de Santa Cruz.
Pela medida judicial, que hoje engloba a Deodoro, o poder público de
Santa Cruz fica obrigado a promover a fiscalização nas duas vias durante
todo o dia. Enquanto a Brigada Militar deveria realizar o policiamento
ostensivo.
Por entender que isso não vinha acontecendo, o MP decidiu pedir a
execução da pena à Justiça. São R$ 576 mil para cada uma das partes
citadas, calculados com base na multa diária. Há um prazo de 30 dias
para se manisfestarem.
A Prefeitura não quer perder tempo. Já no dia de hoje a procuradoria
jurídica do município vai tentar embargar a execução. “Não pagaremos
esta conta. Nossa parte está sendo feita”, afirma o procurador Oraci
Rossoni.
Até ontem a BM não havia sido citada. No entanto, o tenente-coronel e
comandante do 23º Batalhão, Édson Luiz Chaves, garante que a
determinação vinha sendo cumprida. “Nos manifestaremos melhor quando
formos oficialmente comunicados.” Caso a Prefeitura e o Estado sejam
mesmo obrigados a pagar R$ 1,1 milhão, o dinheiro será destinado para o
Fundo Municipal de Meio Ambiente.
(Gazeta do Sul, 22/05/06)