Carretas levam água à represa em Bom Jesus
2006-05-19
A dona de casa Sabrina Cunha dos Santos, 19 anos, é vizinha da barragem do
Arroio Tosqueador, em Bom Jesus. Nem por isso está livre do racionamento de água
nas torneiras, imposto pela Companhia Rio-grandense de Saneamento (Corsan) desde
24 de março. Durante parte da tarde, ela não pode lavar a louça ou as roupas. À
noite, a água vem sem força suficiente para que o chuveiro elétrico funcione. A
solução tem sido dar banhos de bacia nos três filhos.
- E quando está muito frio, o jeito é ficar sem banho - resigna-se.
Apesar disso, ela comemora o fato de o racionamento ter ficado menos rígido. O
período de corte no fornecimento caiu, na semana passada, de 14 para 12 horas,
e passou a ocorrer em turno único, de madrugada. Isso porque a Corsan está
abastecendo a própria represa, conta o gerente da companhia na cidade, Ariovaldo
Fernandes Vargas.
São cinco carretas-tanque, que fazem viagens diárias de 16 quilômetros para
trazer água do Rio das Antas. Ainda assim, a barragem está 1m37cm abaixo do
nível normal.
- O que mantém a represa são as carretas, senão ela estaria seca - diz o gerente
da Corsan.
(ZH, 19/05/06)