China aprova lei que proíbe o comércio de espécies ameaçadas
2006-05-19
A partir de 1 de setembro, será proibido importar e exportar espécies protegidas na China, com a entrada em vigor de
uma lei para acabar com o vácuo legal que hoje faz do país um dos mais afetados pelo tráfico de animais, informou nesta sexta-feira (19/05) a agência oficial "Xinhua". Assim, a China vai cumprir seus compromissos internacionais. O país é signatário da Convenção sobre o Comércio Internacional de Espécies Ameaçadas de Fauna e Flora Silvestres (Cites), criada em 1973, em Washington.
Pela nova lei, as espécies protegidas só poderão entrar ou sair do país em casos especiais aprovados pelas
autoridades. As autorizações serão para fins de pesquisa científica, "propagação artificial" (criação de animais em
cativeiro para aumentar sua população) e intercâmbios culturais (como no aluguel de pandas chineses a países
"amigos"). O regulamento também proíbe o comércio com o exterior das novas espécies que forem descobertas.
Entre os animais em maior perigo de extinção na China estão o panda, o macaco dourado, o antílope tibetano, o boto
do Yang Tsé e as duas espécies de tigre: a do nordeste e a do sul do país. Segundo números de 2001 do Fundo
Mundial da Natureza (WWF), o tráfico internacional de espécies ameaçadas movimenta 156 milhões de euros por ano e
afeta 700 espécies. Primatas, répteis, peixes e aves tropicais são os principais alvos do tráfico. Eles são vendidos
como animais de estimação e em muitas ocasiões acabam sendo abandonados por seus donos.
(EFE, 19/05/06)
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