Greenpeace investe contra a Cargill
2006-05-19
A cena foi rápida, mas o suficiente para chamar a atenção da Empresa Cargill, que chamou a Polícia Militar no inicio da tarde de quarta-feira (17). O gerente Antenor Giovanini não quis gravar entrevista, mas pessoas ligadas ao agronegócio disseram que a PM foi chamada porque ativistas da Organização Internacional Não Governamental Greenpeace pretendiam ocupar o pátio da empresa entrando pela praia da Vera Paz em pequenas embarcações.
O chefe do Grupo Tático da PM, capitão Mardock, chegou ao local e foi para o interior da empresa onde conversou com funcionários e depois retornou ao quartel do 30º BPM. Uma viatura da Polícia Militar ficou alguns minutos próxima ao portão da empresa, na Avenida Cuiabá, e depois retornou ao quartel.
Reação - Tão logo souberam que os ativistas pretendiam protestar, sojeiros foram para a frente da empresa. Eles estavam em carros e exibiam o adesivo: “Fora Greenpeace. Amazônia é dos brasileiros”. Da empresa, seguiram para a praia da antiga Sudam, onde os ativistas estariam preparando uma nova investida para chegar à Cargil. O navio dos ativistas, que chegou sexta-feira da semana passada em Santarém, não ancorou no porto da Companhia Docas do Pará e ficou fundeado próximo à praia da Sudam. De acordo com informações, os produtores de soja foram orientados a deixar o local e evitar manifestações na Avenida Cuiabá, porto da CDP e área da Sudam. Até o final da tarde eram poucas as informações sobre uma possível tentativa de ocupação da Cargill por parte de ativistas do Greenpeace, que exigem o fim do desmatamento na região e a plantação de soja.
(Diário do Pará, 18/05/06)