BRASIL DEVE RECICLAR 82% DAS LATAS DE ALUMÍNIO
2001-10-02
O Brasil deve reciclar 82% de suas latas de alumínio para bebidas este ano, e se credenciar para disputar o primeiro lugar no ranking mundial de reciclagem do material. A previsão é da Alcan, única produtora de chapas para a fabricação das embalagens no país. Hoje a lata de alumínio domina 28% do mercado de cerveja e 11% do mercado de refrigerante. Seus maiores concorrentes são as garrafas de vidro e plástico, visto que esses materiais são mais baratos que o alumínio. Serão mais de 8 bilhões de latinhas, ou perto de 115 mil toneladas de alumínio, que devem voltar às fundições, movimentando cerca de R$ 750 milhões. A economia de energia proporcinada pela reciclagem será suficiente para abastecer o Estado do Piauí, já que a lata reciclada precisa de 95% menos energia do que uma embalagem produzida com alumínio primário. A economia foi reconhecida pelo governo, que liberou a indústria de reciclagem de alumínio do racionamento de energia. Apenas a indústria de fios e cabos teve tratamento igual. No ano passado, a indústria reciclou 78% das latas, somando 103 mil toneladas de alumínio. Fontes do setor acreditam que esse ano o país superará com facilidade a barreira dos 80%, índice no qual está estacionado o atual primeiro colocado no ranking, o Japão. (Valor/B6, 1°/10)