Barragem de Silveira Martins precisa ser desassoreada
2006-05-18
Em vez de água, terra. Isso é o que se vê na barragem de Silveira Martins, que
secou há um mês em função da estiagem. A situação obrigou o município à recorrer,
pela segunda vez, a um açude particular para garantir o fornecimento de água
aos moradores.
Curiosamente, a adversidade abriu oportunidade para a execução de uma obra
necessária ao reservatório: o desassoreamento, ou seja, a retirada do excesso de
terra do fundo da barragem.
A obra, que foi pedida pela prefeitura e pela Câmara de Vereadores à Companhia
Riograndense de Saneamento (Corsan), começou ontem (17/05/06). A expectativa é
que os trabalhos sejam concluídos em cinco dias.
Até o meio da tarde de ontem, os operários da Sul Cava - empresa contratada pela
Corsan para executar a obra - já haviam retirado cerca de 300 toneladas de terra
do fundo da barragem: equivalente a 30 caçambas cheias.
O excesso de sedimento não é a causa do fim da água da barragem, tampouco
diminuiu a capacidade do reservatório. Mas, ao longo dos anos, a terra poderia
comprometer a quantidade de água.
- A barragem tem um fundo de terra que se torna lodo. A água das chuvas também
leva terra para dentro da barragem. Tudo se acumula no fundo. A retirada desses
sedimentos é uma prevenção de problemas futuros - explica o superintendente
adjunto da Corsan, José Vilmar Viegas.
Enquanto o desassoreamento é feito, a população de Silveira Martins segue
aguardando uma solução definitiva para o problema da falta de água. Conforme o
presidente da Câmara de Vereadores, Gláucio Boelter (PMDB), a solução não é só
a chuva.
- Há um projeto de ampliação da parede da barragem que aumentaria a capacidade
de reserva. A obra custaria R$ 2 milhões, mas não sabemos quando será feita -
diz.
A Corsan também não tem previsão de quando a obra sairá do papel.
(Diário de
Santa Maria, 18/05/06)