A Secretaria de Meio Ambiente (Semam) de Novo Hamburgo e a Companhia Municipal de Saneamento (Comusa) investigam a origem da formação de uma espuma branca no arroio Pampa, em sua passagem pelo bairro São José. Ontem, técnicos da Semam coletaram amostras da água para análise.

A suspeita é que a espuma seja causada pelo despejo de detergentes industriais no leito do arroio, um dos mais prejudicados pela poluição na cidade. O resultado da análise que será feita pela Comusa deve estar pronto até o final da semana. "Tudo leva a crer que se trata de uma espécie de sabão. Esperamos que a análise nos auxilie a elucidar a origem", disse o diretor de Licenciamento Ambiental da Semam, Carlos Augusto Normann.

O arroio Pampa tem 12 quilômetros de extensão e atravessa a principal área industrial de Novo Hamburgo, recebendo cargas químicas e orgânicas. Um projeto de recuperação do arroio está em elaboração e prevê a oxigenação do leito, limpeza das nascentes, controle de despejos e restauração da vegetação ciliar. Uma das preocupação da Comusa em recuperar o Pampa é o fato dele desaguar no rio do Sinos antes do ponto de captação de água da companhia.
(CP, 18/05/06)