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2006-05-16
A falta de acesso aos serviços básicos de energia tem um efeito devastador no alcance dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM, uma série de metas socioeconômicas que os países da ONU se comprometeram a alcançar até 2015). O alerta foi feito na semana passada (dia 11/5) pelos participantes da 14ª sessão da Comissão do Desenvolvimento Sustentável, organizada pelo PNUD, pela Comunidade Econômica dos Países da África Ocidental e pelos governos da Áustria, França, Holanda e Noruega. Atualmente, 1,6 bilhão de pessoas não têm acesso à energia elétrica em seus lares.

“O acesso universal aos serviços modernos de energia é essencial para diminuir a pobreza pela metade até 2015, e é necessário enfatizar que fazê-lo é financeiramente e ambientalmente praticável”, destacou o administrador-adjunto do PNUD, Ad Melkert. Segundo o relatório “Serviços de Energia para os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio”, publicado recentemente pelo Banco Mundial, custa entre US$ 15 e US$ 20 por pessoa universalizar a energia elétrica.

Além disso, acrescentaram os participantes, fornecer serviços básicos que ajudem a cozinhar, aquecer e iluminar não trará mudanças climáticas significantes. Estimativas internacionais sugerem que prover energia para preparar alimentos para 2,4 bilhões de pessoas levará a uma emissão adicional de cerca de 3% de gases de efeito estufa.

Durante a reunião, destacou-se também a importância de uma cooperação política internacional para que se universalize o acesso aos serviços de energia. Os créditos de carbono são, neste contexto, um importante aliado. De acordo com o PNUD, as economias emergentes podem ser muito beneficiadas com esses recursos adicionais.
(Informações do PNUD/PrimaPágina)

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