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2006-05-16
Os bombeiros voluntários de Joinville/SC atenderam a sete ocorrências com fogo em vegetações somente neste final de semana. Nos 15 primeiros dias de maio, foram registrados 38 focos de incêndio, contra dois no mesmo período do ano passado. A situação preocupa o Corpo de Bombeiros Voluntários, porque as ocorrências de incêndios em vegetações cresceram 29% entre janeiro e abril, em comparação ao mesmo período de 2005. Desde o início do ano, já são 101 casos, somente em vegetações.

O motivo está na estiagem prolongada. O subcomandante dos bombeiros Heitor Ribeiro Filho acredita que simples cuidados poderiam prevenir estes focos de incêndio. "As pessoas devem evitar queimar entulhos ou lixo. Evitar fazer fogueiras e, principalmente, jogar pontas de cigarro, enquanto transitam pela BR-101, por exemplo", recomenda.

Vandalismo - O produtor rural Herbert Beilke, que mora na localidade de Rio Bonito, em Joinville, diz que esta situação nesta época de seca se torna comum. Na última sexta-feira, ele teve de sair de casa e apagar o fogo que se alastrava no km 21, às margens da BR-101. "Eles (os motoristas) jogam pontas de cigarro. E como a vegetação está muito seca, queima tudo. Eu tenho uma cerca de madeira e arame e não quero ter prejuízo na minha propriedade", afirma. Beilke conta ainda que tem gente que coloca fogo nas margens da estrada apenas por vandalismo. "Já tentamos pegar este pessoal, mas é muito difícil", reclama.

Segundo o subcomandante dos bombeiros, na estrada o alerta deve ser ainda maior. "A partir do momento em que a fumaça invade a pista, a visão do motorista fica interrompida e qualquer acidente pode ocorrer", explica Heitor, que garante o atendimento rápido quando os chamados são feitos por causa de incêndios nas margens das rodovias.

Obras para amenizar os efeitos da falta de chuva
Na tentativa de amenizar os efeitos da estiagem na serra catarinense, a Casan iniciou uma série de obras na região. No município de Palmeira, a rede de distribuição de água está sendo ampliada em mais um quilômetro para atender a cerca de 15 famílias cujos poços secaram nos últimos dias. O trabalho é desenvolvido em parceria com a Prefeitura, que cede o maquinário e o combustível. A previsão é de que a rede seja concluída ainda esta semana.

Em Campo Belo do Sul, onde a captação de água é feita por meio de poços artesianos, o volume, que era de 16 metros cúbicos por segundo, caiu para 11 metros. No município de Otacílio Costa, o quadro só não é mais grave graças a uma minibarragem, feita no rio Desquite, em parceria entre Prefeitura, Casan, governo do Estado e uma empresa do município. "Se não fosse esta barragem, o problema estaria sério no município, pois o nível do rio está bem abaixo do normal", comenta o gerente regional da Casan, Alceu Dias Antunes. Ele ressalta que na parte mais alta do município o fornecimento de água está restrito ao período noturno.

De acordo com Antunes, um eventual racionamento de água está descartado pelo menos nos próximos 30 dias. "Fizemos uma avaliação da situação e nos perímetros urbanos dos dez municípios atendidos por nossa regional. Por enquanto não existe o risco de desabastecimento ou racionamento", explica. O gerente regional da Casan ressalta a necessidade da população utilizar com racionalidade a água e preservar as fontes e rios. "O uso consciente e racional da água mais que nunca se faz necessário. A população deve evitar agredir o meio ambiente de maneira a afetar os mananciais", enfatiza Antunes.

Ele lembra ainda que a decisão de aumentar a fiscalização das ligações clandestinas e colocar hidrômetros em todas as residências ligadas à rede têm contribuído para a diminuição do consumo.

Seca deve durar até setembro
A estiagem deve se agravar no Estado, segundo as previsões meteorológicas. De acordo com as análises da Climaterra, apesar da chegada de uma frente fria acompanhada de chuva nesta sexta-feira, o volume de água esperado é pequeno e no máximo vai amenizar um pouco a situação em pontos isolados de Santa Catarina. "Os modelos indicam pouca chuva e algumas regiões podem até passar sem uma única gota", alerta o agrônomo da empresa Ronaldo Coutinho.

Segundo Coutinho, até o final do mês, a quantidade de chuva é bem pequena para Santa Catarina. Os modelos meteorológicos de longa duração analisados ontem continuam indicando que a estiagem vai durar pelo menos até o final do inverno, que só começa em junho e vai até setembro. "O quadro é bem preocupante. O uso racional da água, principalmente para quem mora no interior do Estado, é fundamental", comenta o agrônomo. Ele ressalta que devido às condições climáticas, uma simples ponta de cigarro lançada na beira da pista pode causar um incêndio.

Em relação à temperatura, nos próximos dias os meteorologistas do Ciram/Epagri explicam que a massa de ar seco e frio, que influencia as condições de tempo em Santa Catarina, perde força e o sol aparece entre nuvens em todas as regiões. No início do dia, há condições favoráveis à ocorrência de nevoeiros em todo o Estado. Esta previsão, é válida de hoje até quinta-feira, quando da Grande Florianópolis ao Norte do Estado a circulação marítima provoca mais nuvens e condições de chuva no início e final do dia, com sol no decorrer do período. Nas demais regiões, o sol predomina na maior parte do dia e ocorrem pancadas de chuva entre o final da tarde e à noite.
(A Notícia, 16/05/06)

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