Ampliação da Refap será concluída em julho
2006-05-16
Após quatro anos de obras, sem parar por nenhum instante o refino e a produção
de derivados do petróleo, a Alberto Pasqualini - Refap S/A, por meio do seu
diretor-presidente, Hildo Henz, anuncia que no dia 29 de julho devem entrar em
funcionamento a nova Unidade de Craqueamento e a Unidade de Coqueamento
Retardado (UCR), o que determinará o final das obras de ampliação da Refinaria,
iniciadas em maio de 2002, num investimento em torno de 1,1 bilhão de dólares.
“Com as obras de ampliação de 50% da nossa capacidade de produção, vamos
aumentar a nossa capacidade de processamento de 20 mil para 30 mil metros
cúbicos ao dia (de 20 milhões para 30 milhões de litros ao dia). O diesel é o
nosso carro-chefe, pois representa 50% da produção da refinaria e estamos
exportando este óleo desde 2004”, revela Hildo. A gasolina representa 20%; a
nafta outros 15% e os demais 15% são formados por outros combustíveis, gás,
asfalto e solventes.
Conforme o diretor-presidente da Refap, atualmente estão sendo realizados a
limpeza, remoção das camadas de ferrugem das tubulações e pintura, além dos
testes dos sistemas de controle. “Já estão em funcionamento a Unidade de
Hidrotratamento de Instáveis do Diesel (UHDT), a Unidade de Geração do
Hidrogênio (UGH), as Unidades de Recuperação de Enxofre (URE), além dos sistemas
de tratamento de água e de tratamento de efluentes e parte do sistema elétrico”,
explica.
MIX - Hildo ressalta que a maior mudança com todas as obras de ampliação será a
do mix do petróleo. “Até então, o nosso refino é feito a partir de 15% do
petróleo nacional - pesado na escala de densidade - e 85% de óleo importado -
mais leve. Com a ampliação e reforma, passaremos a utilizar 80% do petróleo
nacional e 20% importado”, relata. Ele detalha que os óleos leves necessitam de
menos etapas de processamentos, mas os pesados agregam etapas de transformações
químicas, com um custo de refino maior, mas que “remuneram o investimento, pois
a diferença é de 6 a 7 dólares por barril”. De acordo com Hildo, as obras não
tiveram um ritmo tão acelerado em função da produção não ter parado. “É como a
reforma de uma casa com as pessoas morando dentro”, exemplifica.
(Diário
de Canoas, 15/05/06)