(29214)
(13458)
(12648)
(10503)
(9080)
(5981)
(5047)
(4348)
(4172)
(3326)
(3249)
(2790)
(2388)
(2365)
2006-05-16
Em 2005, foram registrados 161,374 focos de calor na Amazônia legal brasileira. O número de queimadas na região foi apenas 3,04% menor do que no ano anterior. Em estados como Mato Grosso, houve uma redução de 35%, mas em outros, como o Acre, o número de queimadas quadruplicou (424%). Os dados fazem parte do levantamento “Queimadas na Amazônia Brasileira em 2005”, realizado pela Embrapa Monitoramento por Satélite .

Amazonas (168%), Maranhão (36%) e Rondônia (35%) foram outros estados que apresentaram significativo aumento de incêndios agro-florestais.Segundo o estudo, os principais motivos foram “frentes de povoamento e colonização”, ampliação de pastagens e atividade madeireira.

No caso do Acre, os pesquisadores acreditam que o número foi influenciado por construções de rodovias e por desenvolvimento econômico. Eles citam como exemplo a conclusão da ponte que liga o sul do estado a Pucalpa, no Peru. E enfatizam que rodovias estaduais e federais estão sendo reformadas e houve um surto de crescimento urbano e eletrificação rural. Novas áreas agrícolas também estariam sendo abertas com o objetivo legitimação de posse. E o Acre teve o segundo maior crescimento de rebanho bovino da Amazônia entre 1990 e 2003.

No ano passado, o estado enfrentou a pior seca da sua história recente. Em 34 anos de medição pluviométrica , nunca se registrou tão pouca chuva, nem tamanha falta de umidade no ar, como em 2005. Devido à seca atípica, os fogos iniciados em chácaras ou pastagens se expandiram mata adentro, multiplicando a superfície queimada e causando estragos de certa forma imprevisíveis, uma vez que a floresta amazônica não está acostumada com esse fenômeno, comum no cerrado.

Menos fogo
Entre os estados que diminuíram suas taxas de queimadas está Roraima (menos 42%) e Amapá (menos 57%). Já o Tocantins, ficou estável. “O estado já foi a maior fronteira agrícola do país”, diz Adriana Vieira de Moraes, pesquisadora de Agrometeorologia e uma das autoras do estudo, “Agora, mantém o número de queimadas praticamente inalterado, com uma ligeira diminuição”. Para Adriana, uma das razões é o esgotamento do estoque florestal. A maior parte das áreas em que se poderia exercer algum tipo de atividade agrícola já estão desmatadas. “Não há mais o que queimar”, afirma, “Ainda há áreas verdes, mas elas não são tão propícias – em termos de tamanho e localização, por exemplo – para a agropecuária”.

Para Carlos Eduardo Young, economista e colunista de O Eco, o recuo dos índices de queimadas nesses estados foi conseqüência do aumento da fiscalização e da crise econômica referente à carne e à soja brasileira. “Há o fator institucional – o arrefecimento da fiscalização, principalmente depois do caso Dorothy Stang – e o fator econômico”, comentou. A sobrevalorização do câmbio tornou pouco rentável a expansão da produção, já que os preços pagos no mercado externo ficaram consideravelmente mais baixos. Com isso, a fronteira agrícola, principal fator de desmatamento na Amazônia, deu uma freada.

Previsões para 2006
O período de chuva deste ano terminou em abril e os satélites do INPE já detectaram nos primeiros dias de maio um aumento significativo no número de focos de calor – que não necessariamente indicam a presença de queimadas e incêndios, mas são indicadores de onde há altas temperaturas concentradas. No mês de abril, foram detectados 836 focos no país. Só nos dez primeiros dias de maio, o número já chegou a 575.

Segundo o engenheiro Alberto Setzer, responsável pelo monitoramento de queimadas realizado pelo Inpe, ainda é cedo para traçar qualquer cenário para este ano. “É como tentar dizer o resultado do jogo com cinco minutos de partida. Você pode até fazer um gol no início, mas a situação final é imprevisível”, afirma. As queimadas que se realizaram até agora, representam apenas cerca de 5% do total. Mas uma coisa é certa: 2006 está sendo um ano mais úmido, o que ajuda a impedir o alastramento do fogo.
(Eric Macedo, O Eco, 13/05/06)
http://arruda.rits.org.br/notitia/servlet/newstorm.ns.presentation.NavigationServlet?publicationCode=6&pageCode=67&textCode=16747&date=currentDate&contentType=html#topo

desmatamento da amazônia (2116) emissões de gases-estufa (1872) emissões de co2 (1815) impactos mudança climática (1528) chuvas e inundações (1498) biocombustíveis (1416) direitos indígenas (1373) amazônia (1365) terras indígenas (1245) código florestal (1033) transgênicos (911) petrobras (908) desmatamento (906) cop/unfccc (891) etanol (891) hidrelétrica de belo monte (884) sustentabilidade (863) plano climático (836) mst (801) indústria do cigarro (752) extinção de espécies (740) hidrelétricas do rio madeira (727) celulose e papel (725) seca e estiagem (724) vazamento de petróleo (684) raposa serra do sol (683) gestão dos recursos hídricos (678) aracruz/vcp/fibria (678) silvicultura (675) impactos de hidrelétricas (673) gestão de resíduos (673) contaminação com agrotóxicos (627) educação e sustentabilidade (594) abastecimento de água (593) geração de energia (567) cvrd (563) tratamento de esgoto (561) passivos da mineração (555) política ambiental brasil (552) assentamentos reforma agrária (552) trabalho escravo (549) mata atlântica (537) biodiesel (527) conservação da biodiversidade (525) dengue (513) reservas brasileiras de petróleo (512) regularização fundiária (511) rio dos sinos (487) PAC (487) política ambiental dos eua (475) influenza gripe (472) incêndios florestais (471) plano diretor de porto alegre (466) conflito fundiário (452) cana-de-açúcar (451) agricultura familiar (447) transposição do são francisco (445) mercado de carbono (441) amianto (440) projeto orla do guaíba (436) sustentabilidade e capitalismo (429) eucalipto no pampa (427) emissões veiculares (422) zoneamento silvicultura (419) crueldade com animais (415) protocolo de kyoto (412) saúde pública (410) fontes alternativas (406) terremotos (406) agrotóxicos (398) demarcação de terras (394) segurança alimentar (388) exploração de petróleo (388) pesca industrial (388) danos ambientais (381) adaptação à mudança climática (379) passivos dos biocombustíveis (378) sacolas e embalagens plásticas (368) passivos de hidrelétricas (359) eucalipto (359)
- AmbienteJá desde 2001 -