Maranhão é incluído no Plano Amazônia Sustentável, que deve ter documento final em outubro
2006-05-15
O Maranhão foi incluído sexta-feira (12) no Plano Amazônia Sustentável (PAS)
do governo federal. O plano busca desenvolver a região, trabalhando com
a sustentabilidade, com a participação da população na discussão e
elaboração de projetos de para a região. O objetivo é lançar um documento
sobre o programa, detalhando as prioridades de cada região que compõem
a Amazônia Legal: os sete estados da região Norte, o Mato Grosso e o
Maranhão.
Segundo a secretária de Coordenação da Amazônia do Ministério do Meio
Ambiente (MMA), Muriel Saragoussi, o documento inclui toda a teoria de
desenvolvimento sustentável de cada região com o objetivo de que os
planos de ação "sejam implantados, melhorados e acelerados". "Em outubro a
gente deve ter a versão final desse documento para ser assinado pelos
governadores e pela Presidência da República."
De acordo com Saragoussi, é importante para o Brasil ter um diagnóstico
de cada região esboçado no plano, já que a Amazônia é diversa. "Muita
gente pensa que a Amazônia é uma só e que fazer uma política para
região é suficiente. Na verdade, temos muitas Amazônias por causa de suas
histórias, dos processos sociais e dos ecossistemas. Então, a proposta
do plano é a partir desse diagnóstico ter formas diferentes de agir
nessas Amazônias".
Ela explica que o plano indicará estratégias diferentes para atingir o
desenvolvimento sustentável para cada uma das regiões. "A criação de
novas unidades de conservação, por exemplo, ou a consolidação das que já
existem, os planos de manejo e a integração entre eles, são elementos
dentro dessa estratégia".
Em junho, as nove capitais dos estados da Amazônia Legal vão realizar
consultas públicas para discutir o documento final do programa.
Comunidades, empresários e a população vão poder fazer sugestões, a partir da
realidade cada um, a partir das experiências que vivem na sua região.
"Discutiremos questões voltadas para o ordenamento territorial, onde
entra a questão de unidades de conservação, para a produção sustentável
com inovação e competitividade, para a inclusão social e cidadania, para
a infra-estrutura, para o desenvolvimento e para o novo padrão de
financiamento para a região", contou Saragoussi.
(Radiobras, 12/05/06)