Passivo da Aracruz no Espírito Santo chega à Procter&Gamble na Alemanha
2006-05-15
Dois indígenas e cerca de 20 ativistas da ONG alemã Robin Wood bloqueiam,
desde a manhã do dia 04/05, a entrada da fábrica da multinacional
Procter&Gamble, na Alemanha. A multinacional compra celulose da Aracruz, empresa invasora das terras dos povos Tupiniquim e Guarani, no Brasil, e com a matéria-prima produz lenços de papel da marca Tempo, uma das mais conhecidas na Europa.
Os dois indígenas estão na Alemanha com o objetivo de pressionar a fábrica para que a mesma pressione Aracruz Celulose a devolver os 11.009 hectares de terra indígena ocupados no estado do Espírito Santo. Eles entregarão à Procter&Gamble uma declaração, na qual exigem o cancelamento dos contratos com a Aracruz, enquanto a empresa não resolve seus conflitos de terra com índios, sem terra e quilombolas.
A intenção dos ativistas é continuar em frente à empresa alemã até que ela se pronuncie sobre a questão.
(Centro de Mídia Independente, 7/05/2006)
http://www.midiaindependente.org/pt/blue/2006/05/352685.shtml