“Pressão superior ao limite suportável pela tubulação” teria sido a causa do vazamento de amônia que ocorreu em um tanque da empresa Unileite, na tarde de terça-feira (09/05). A informação consta no laudo preliminar divulgado ontem (11/05) pelo responsável técnico do sistema da empresa, engenheiro Roberto Hentoux. No documento consta ainda que o vazamento foi de 10 quilos de amônia, de um total de 2,5 mil quilos que o sistema comporta.

“Nosso engenheiro continua investigando o que teria causado a pressão, acima do suportável, dentro das normas técnicas, e que teria ocasionado o vazamento”, afirma o gerente-geral da Unileite, Carlos Feijó. Ele informa que o laudo preliminar foi encaminhado na tarde de ontem ao Corpo de Bombeiros, ao Serviço de Emergência Ambiental da Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam) e ao departamento de Meio Ambiente da prefeitura, que tinha dado o prazo de 24 horas para sua apresentação.

Conforme o gerente administrativo da empresa, Fernando Moisés da Silva, este foi o primeiro acidente do tipo que ocorreu na empresa, fundada em 1942 (antiga Laticínios Ivoti). A amônia é utilizada para resfriamento dos laticínios, nas câmaras frias, o que, segundo Silva, é considerado ecologicamente correto pelo Departamento Nacional de Segurança e Saúde no Trabalho. Logo após o vazamento, a empresa fechou as válvulas, acionou os bombeiros e providenciou o isolamento e limpeza da área.

A diretora do Departamento de Meio Ambiente de Ivoti, Ellen Veroneze, confirmou à reportagem do Jornal NH, o recebimento de todos os relatórios solicitados, que foram o de capacidade do reservatório de amônia, de manutenção dos equipamentos e dos procedimentos de segurança. “A empresa apresentou todas as informações e tomou todos os procedimentos legais no momento do acidente, no que diz respeito à providências”, lembra Ellen. Ela observa ainda que hoje (12/05) será feita a análise do laudo. “Então encaminharemos um relatório para a Fepam, a exemplo do fotográfico, que já foi enviado na quarta-feira. A análise técnica sobre as causas e consequências será feita pela Fepam”, diz Ellen.
(Jornal NH, 12/05/06)